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Por que o Amazonas terá nova eleição para governador hoje

Após cassação da chapa que venceu as eleições em 2014, amazonenses voltam às urnas neste domingo

José Melo (PROS): O político foi cassado por por compra de votos nas eleições de 2014 (Valdo Leão/ José Melo 90/Divulgação)

José Melo (PROS): O político foi cassado por por compra de votos nas eleições de 2014 (Valdo Leão/ José Melo 90/Divulgação)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 6 de agosto de 2017 às 06h00.

Última atualização em 6 de agosto de 2017 às 06h00.

São Paulo – Neste domingo (6), os eleitores do Amazonas voltam às urnas para escolher um novo governador e vice-governador do estado.

A nova eleição foi determinada após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassar, por 5 votos a 2, os mandatos do hoje ex-governador José Melo e de seu  vice, Henrique Oliveira, por compra de votos nas eleições de 2014. Melo foi reeleito em segundo turno com 55,5% dos votos.

De acordo com as investigações, uma assessora de Melo desviou recursos de um contrato de sua empresa de segurança com o governo do Amazonas para comprar votos de evangélicos.

A distribuição de dinheiro a eleitores para a compra de cestas básicas, ajuda de custo para viagens, confecção de túmulo, entre outros auxílios, teria ocorrido no próprio comitê de campanha.

A defesa de José Melo chegou a contestar as provas colhidas pela Polícia Federal e disse que as testemunhas do caso não foram ouvidas em juízo, mas somente pelos policiais, o que comprometeria o julgamento.

A Corte Eleitoral, portanto, determinou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) que realizasse nova eleição direta para os cargos.

Segundo o presidente do TSE, Gilmar Mendes, todo o processo eleitoral custará 18 milhões de reais entre o primeiro e segundo turno.

Quem são os candidatos

Os 2,3 milhões de eleitores que devem participar do pleito suplementar deste domingo registrarão seus votos em 6.668 urnas eletrônicas distribuídas em 1.508 locais de votação.

Segundo o TSE, se houver necessidade de um segundo turno, os dois candidatos mais votados participarão de uma nova disputa no dia 27 de agosto.

Concorrem a governador do Amazonas oito candidatos:

Amazonino Mendes (PDT)

Eduardo Braga (PMDB)

José Ricardo Wendling (PT)

Liliane Araújo (PPS)

Luiz Castro (Rede)

Marcelo Serafim (PSB)

Rebecca Garcia (PP)

Wilker Barreto (PHS)

Intenção de voto

Uma pesquisa publicada pelo Diário do Amazonas no dia 26 de julho mostrou empate técnico entre Eduardo Braga (PMDB) e Amazonino Mendes (PDT). No primeiro turno, Braga somou 31,1% das intenções de voto, contra 27,9% de Amazonino.

O levantamento, segundo o jornal, foi realizado pelo Instituto Diário de Pesquisa (IDP), da Rede Diário de Comunicação, nos dias 18, 19, 20, 21, 22 e 23 de julho. Foram entrevistados 1.600 eleitores nas 13 zonas eleitorais de Manaus (AM) e em 12 zonas eleitorais do interior do estado - a margem de erro é de 2,45% para mais ou para menos.

Em terceiro lugar, de acordo com a sondagem, aparece Rebecca Garcia (PP), com 12,5% das intenções de votos, seguida por José Ricardo (PT), com 4,9%; Liliane Araújo (PPS), com 2,4%; Marcelo Serafim (PSB), com 1,6%; Wilker Barreto (PHS), com 1,4%; Luiz Castro (Rede); com 0,9% e Jardel (PPL), com 0,5%.

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