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Policiais presos do Senado extrapolaram competência, diz Moraes

A PF prendeu quatro policiais legislativos acusados de terem retirado escutas telefônicas de aparelhos ligados a três senadores investigados na Lava Jato

Alexandre de Moraes: o ministro da Justiça disse, no entanto, que a polícia do Senado não obstruiu a justiça (Rovena Rosa/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 18h52.

Última atualização em 21 de outubro de 2016 às 20h05.

Brasília - O ministro da Justiça , Alexandre de Moraes, afirmou nesta sexta-feira, 21, que as investigações que levaram a prisão de policiais legislativos apontam que os servidores extrapolaram o limite de sua competência.

"O que as investigações levaram à conclusão, e isso referendado pelo Ministério Público, com ordem judicial, é que em tese alguns servidores da polícia do Senado realizaram uma série de atividades direcionadas à obstrução da Justiça. Em tese, eles extrapolaram o que seria de sua competência", disse Moraes, após participar de cerimônia de lançamento de um novo sistema eletrônico de inquéritos da Polícia Federal, em Brasília.

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A PF prendeu na manhã desta sexta-feira quatro policiais legislativos, entre os quais o diretor da Polícia Legislativa, Pedro Ricardo Carvalho, sob a acusação de terem retirado escutas telefônicas de aparelhos em imóveis particulares e funcionais ligados a três senadores investigados na Operação Lava Jato - Edison Lobão (PMDB-MA), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Fernando Collor (PTC-AL).

Pela manhã, Moraes, que participou de cerimônia em comemoração ao Dia do Aviador, na Base Aérea de Brasília, na qual o presidente Michel Temer estava presente, disse que a Policia Federal "simplesmente cumpriu ordem judicial" ao executar as buscas e apreensões no Senado Federal.

Segundo Moraes, o diretor-geral da PF, Leandro Daiello, lhe telefonou "no inicio da manhã informando que haveria uma operação", sem detalhar se ele falou que tipo de operação seria realizada e onde ela seria feita.

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