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Polícia precisa dialogar com cidadão, diz ex-secretário

A afirmação foi feita durante evento discute o papel do Disque-Denúncia como instrumento de defesa da sociedade contra a violência

Polícia em São Paulo: “O policial precisa demais de informação, que só será recebida mediante a confiança da população na criação de um canal para que o cidadão leve a informação até a polícia" (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de outubro de 2015 às 11h52.

O ex-secretário nacional de Segurança Pública , coronel José Vicente da Silva Filho, disse hoje (26) que a polícia precisa dialogar com o cidadão e respeitá-lo para que seu trabalho de redução e controle do crime seja mais eficaz.

A afirmação foi feita durante o 2º Fórum Permanente de Segurança, evento que discute o papel do Disque-Denúncia como instrumento de defesa da sociedade contra a violência, no auditório do Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

“O papel do policial é sempre reduzir e controlar o crime. Para isso, ele precisa demais de informação, que só será recebida mediante a confiança da população na criação de um canal para que o cidadão leve a informação até a polícia. Essa é a questão: quanto mais e melhores forem as informações, melhor será a reação do policial ao crime. E isso vai melhorar na medida em que houver uma polícia que saiba dialogar e respeitar o cidadão. Assim, a sociedade dará um crédito maior para a gente”, disse o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo.

Além da confiança na polícia, outro instrumento importante do Disque-Denúncia, segundo o coordenador do serviço no Rio, Zeca Borges, é o anonimato.

“A população, antes de qualquer coisa, tem que ter garantias. A principal delas é a de anonimato, já que ninguém quer correr riscos. As pessoas temem pela sua integridade, e, obviamente, têm motivos para isso. O principal é ter um canal seguro por onde o cidadão possa fornecer informações às autoridades policiais sem que haja maiores riscos”, disse.

Para o presidente do Fórum Permanente de Segurança Pública, desembargador Alcides da Fonseca Neto, a cumplicidade entre a polícia e a população existe, mas pode e deve melhorar.

“Essa é uma das nossas funções aqui. Mostrar para a sociedade que ela deve participar mais, não somente através do canal do Disque-Denúncia, como através de outros que podem ser criados. O importante é que as pessoas tenham a consciência de que elas também devem participar diretamente fazendo aquilo que estiver ao seu alcance. E essa participação crescerá na medida que ela confiar nas instituições”, disse o desembargador.

O Disque-Denúncia é uma central comunitária de serviços que permite que qualquer cidadão forneça informações sobre atividades criminosas através do telefone (021) 2253-1177.

Desde sua criação em 1995, o serviço já recebeu mais de 2,1 milhões de denúncias sobre diversos tipos de crime, especialmente tráfico de drogas.

A central de atendimento funciona 24 horas por dia, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados. Não é preciso se identificar para fazer uma denúncia.

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O ex-secretário nacional de Segurança Pública , coronel José Vicente da Silva Filho, disse hoje (26) que a polícia precisa dialogar com o cidadão e respeitá-lo para que seu trabalho de redução e controle do crime seja mais eficaz.

A afirmação foi feita durante o 2º Fórum Permanente de Segurança, evento que discute o papel do Disque-Denúncia como instrumento de defesa da sociedade contra a violência, no auditório do Fórum Central do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).

“O papel do policial é sempre reduzir e controlar o crime. Para isso, ele precisa demais de informação, que só será recebida mediante a confiança da população na criação de um canal para que o cidadão leve a informação até a polícia. Essa é a questão: quanto mais e melhores forem as informações, melhor será a reação do policial ao crime. E isso vai melhorar na medida em que houver uma polícia que saiba dialogar e respeitar o cidadão. Assim, a sociedade dará um crédito maior para a gente”, disse o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo.

Além da confiança na polícia, outro instrumento importante do Disque-Denúncia, segundo o coordenador do serviço no Rio, Zeca Borges, é o anonimato.

“A população, antes de qualquer coisa, tem que ter garantias. A principal delas é a de anonimato, já que ninguém quer correr riscos. As pessoas temem pela sua integridade, e, obviamente, têm motivos para isso. O principal é ter um canal seguro por onde o cidadão possa fornecer informações às autoridades policiais sem que haja maiores riscos”, disse.

Para o presidente do Fórum Permanente de Segurança Pública, desembargador Alcides da Fonseca Neto, a cumplicidade entre a polícia e a população existe, mas pode e deve melhorar.

“Essa é uma das nossas funções aqui. Mostrar para a sociedade que ela deve participar mais, não somente através do canal do Disque-Denúncia, como através de outros que podem ser criados. O importante é que as pessoas tenham a consciência de que elas também devem participar diretamente fazendo aquilo que estiver ao seu alcance. E essa participação crescerá na medida que ela confiar nas instituições”, disse o desembargador.

O Disque-Denúncia é uma central comunitária de serviços que permite que qualquer cidadão forneça informações sobre atividades criminosas através do telefone (021) 2253-1177.

Desde sua criação em 1995, o serviço já recebeu mais de 2,1 milhões de denúncias sobre diversos tipos de crime, especialmente tráfico de drogas.

A central de atendimento funciona 24 horas por dia, todos os dias, inclusive sábados, domingos e feriados. Não é preciso se identificar para fazer uma denúncia.

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