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Polícia Militar começa a atuar no campus da USP

Uma base móvel foi instalada perto de uma das entradas da Cidade Universitária e 34 policiais militares estão encarregados do patrulhamento da área

Vista aérea da USP: os policiais vão atuar exclusivamente dentro do campus, em um modelo de policiamento comunitário (George Campos / USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 11h51.

Começou hoje (9) o funcionamento do novo modelo de policiamento dentro do campus Butantã, da Universidade de São Paulo ( USP ), na zona oeste da capital.

Uma base móvel foi instalada perto de uma das entradas da Cidade Universitária e 34 policiais militares (PMs) estão encarregados do patrulhamento da área.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os policiais vão atuar exclusivamente dentro do campus, em um modelo de policiamento comunitário.

A ideia é que haja uma aproximação da equipe com os alunos, professores e funcionários da universidade. O convênio entre a USP e a PM foi firmado depois que um estudante foi baleado em tentativa de assalto perto do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, no fim do mês passado.

Segundo o reitor da universidade, Marco Antonio Zago, os casos recorrentes de violência no campus fazem com que a presença da polícia seja necessária, apesar de historicamente rejeitada por alunos e professores.

“Não podemos continuar expostos a essa violência porque nos apegamos a uma questão que é, em essência, não necessária neste momento, a de que a Cidade Universitária não pode ser frequentada por nenhum tipo de força policial”, disse Zago.

Para ele, é necessário confiar no funcionamento das instituições. “Claro que nenhum de nós esqueceu o que ocorreu nos períodos em que a universidade foi agredida, durante os governos militares. Isso ocorreu. Nenhum de nós esqueceu, alguns foram até vítimas disso. Não entanto, faz 25 anos que o país foi redemocratizado. Vivemos em uma democracia plena”, ressaltou.

A estudante Lina Rada, que faz pós-graduação em microbiologia, aprovou o policiamento. “Eu gosto por causa da segurança”, disse a jovem, de 29 anos, que admitiu se sentir insegura no campus.

“Durante o dia, não. Mas, no fim da tarde e à noite, eu achava inseguro sair da USP, inclusive pelas saídas de pedestre. Você já ouviu tantos relatos de assalto, de arrastão, que fica com medo”, comentou.

Apesar de acreditar que a entrada da PM no campus era “inevitável”, Lígia Simões, que faz graduação em história, defende que outras medidas poderiam ter sido tomadas antes ou em conjunto com a ação policial.

“Antes de chegar a isso, a gente precisava de coisas tão mais básicas, como a questão da iluminação. Até hoje é um problema que só quem pega ônibus sabe, principalmente à noite”, afirmou a estudante, de 24 anos.

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Começou hoje (9) o funcionamento do novo modelo de policiamento dentro do campus Butantã, da Universidade de São Paulo ( USP ), na zona oeste da capital.

Uma base móvel foi instalada perto de uma das entradas da Cidade Universitária e 34 policiais militares (PMs) estão encarregados do patrulhamento da área.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os policiais vão atuar exclusivamente dentro do campus, em um modelo de policiamento comunitário.

A ideia é que haja uma aproximação da equipe com os alunos, professores e funcionários da universidade. O convênio entre a USP e a PM foi firmado depois que um estudante foi baleado em tentativa de assalto perto do prédio da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, no fim do mês passado.

Segundo o reitor da universidade, Marco Antonio Zago, os casos recorrentes de violência no campus fazem com que a presença da polícia seja necessária, apesar de historicamente rejeitada por alunos e professores.

“Não podemos continuar expostos a essa violência porque nos apegamos a uma questão que é, em essência, não necessária neste momento, a de que a Cidade Universitária não pode ser frequentada por nenhum tipo de força policial”, disse Zago.

Para ele, é necessário confiar no funcionamento das instituições. “Claro que nenhum de nós esqueceu o que ocorreu nos períodos em que a universidade foi agredida, durante os governos militares. Isso ocorreu. Nenhum de nós esqueceu, alguns foram até vítimas disso. Não entanto, faz 25 anos que o país foi redemocratizado. Vivemos em uma democracia plena”, ressaltou.

A estudante Lina Rada, que faz pós-graduação em microbiologia, aprovou o policiamento. “Eu gosto por causa da segurança”, disse a jovem, de 29 anos, que admitiu se sentir insegura no campus.

“Durante o dia, não. Mas, no fim da tarde e à noite, eu achava inseguro sair da USP, inclusive pelas saídas de pedestre. Você já ouviu tantos relatos de assalto, de arrastão, que fica com medo”, comentou.

Apesar de acreditar que a entrada da PM no campus era “inevitável”, Lígia Simões, que faz graduação em história, defende que outras medidas poderiam ter sido tomadas antes ou em conjunto com a ação policial.

“Antes de chegar a isso, a gente precisava de coisas tão mais básicas, como a questão da iluminação. Até hoje é um problema que só quem pega ônibus sabe, principalmente à noite”, afirmou a estudante, de 24 anos.

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