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Polícia investiga desvio de recursos para crianças carentes

Diretores e auxiliares de entidade filantrópica do DF são suspeitos de desviar dinheiro repassado pelo governo local a crianças e adolescentes carentes


	Distrito Federal: prejuízo aos cofres públicos pode chegar a 3 milhões de reais
 (Divulgação/Imovelweb)

Distrito Federal: prejuízo aos cofres públicos pode chegar a 3 milhões de reais (Divulgação/Imovelweb)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2014 às 12h34.

Brasília - Diretores e auxiliares de uma entidade filantrópica do Distrito Federal são suspeitos de usar em benefício próprio dinheiro repassado pelo governo local para levar assistência social e educacional a crianças e adolescentes carentes.

O prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 3 milhões.

Três dirigentes da Fenações Integração Social, incluindo sua presidente, Luzia Rodrigues de Souza, foram encaminhados, hoje (24), ao Departamento de Polícia Especializada (DPE) para prestar depoimentos.

Conforme a Agência Brasil apurou, a entidade mantém duas creches em Samambaia e uma em Recantos das Emas, além de um centro profissionalizante também em Recanto da Emas.

Funcionários informaram que, juntos, os quatro estabelecimentos atendem a pelo menos 800 crianças e adolescentes.

Algumas das creches funcionam há pelo menos 20 anos.

Parte dos recursos necessários para manter os projetos funcionando vinham de convênios da Fenações com o Governo do Distrito Federal, por meio das secretarias de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) e da Educação.

Procurada, a Sedest informou que o convênio foi cancelado em 2011.

Durante a Operação Matriarca, deflagrada esta manhã, agentes da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) cumpriram cinco mandados de busca e apreensão em residências nos Lago Norte e Sul, Samambaia, Octogonal e na sede da diretoria da entidade, no Recanto das Emas.

Foram apreendidos computadores, mídias, notas fiscais, procurações e outros documentos.

De acordo com as investigações policiais, entre os anos de 2003 e 2009, a entidade apresentou à Secretaria de Fazenda cerca de 3,7 mil notas fiscais para justificar a compra de suprimentos destinados aos abrigos.

Dessas, apenas 14% eram verdadeiras, segundo o delegado.

Para a Polícia Civil, há elementos que comprovam que a presidente, coordenadores, contadores e auxiliares da entidade tinham conhecimento das práticas criminosas.

Não está descartada a participação de outras pessoas no esquema.

A reportagem telefonou para a presidente e para uma diretora da Fenações, mas não foi atendida.

Funcionários da entidade disseram não haver ninguém se pronunciando sobre as acusações.

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