A jornalista Patrícia Lélis (esq), que acusa Marco Feliciano de abuso sexual, ao lado de sua advogada, Joyce de Castro Paiva (Marcelo Ribeiro/EXAME.com)
Marcelo Ribeiro
Publicado em 6 de setembro de 2016 às 18h26.
Brasília – A Polícia Civil de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva de Patrícia Lelis. A jornalista, que acusa o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) de assédio, foi indiciada por denunciação caluniosa e extorsão. O inquérito foi concluído e relatado à Justiça na sexta-feira (2) pelo delegado Luiz Roberto Hellmeister, titular do 3º Distrito Policial (DP), na Santa Ifigênia, em São Paulo.
De acordo com Hellmeister, após semanas de investigação, a Polícia Civil concluiu que Patrícia mentiu ao acusar Talma Bauer, assessor do parlamentar, de tê-la mantido em cárcere privado.
“Está comprovado que ela tentou extorquir dinheiro de Bauer”, disse o delegado a EXAME.com. “A partir de agora, a decisão está na mão de um juiz de São Paulo e do Ministério Público”.
O caso será analisado pela Justiça no Fórum João Mendes. O Ministério Público (MP) também se manifestará.
A EXAME.com, o advogado de Patrícia, Roberto Cidade, o pedido de Hellmeister não surpreendeu a defesa, já que ele já tinha sinalizado que o faria. Ele confirmou a conclusão do inquérito policial com o pedido de prisão da jornalista.
“As medidas em relação a isso já foram feitas anteriormente. Já pedimos ao MP a anulação de todos os atos da Polícia Civil em relação a Patrícia. Já que tem um parlamentar envolvido, o caso tem que ser julgado pelo STF”, explicou Cidade. “O inquérito não poderia ter acontecido como aconteceu”.
Sobre um eventual pedido de habeas corpus, Cidade afirmou que “não será necessário, porque o pedido de anulação será concedido pelo MP”.
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