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Polícia autua golpistas que agiam no Consulado dos EUA

Eles vendiam vagas na fila por R$ 300, se passavam por falsos despachantes e cobravam R$ 30 por estacionamentos que não existem

Fila para concessão de visto na porta do consulado americano em SP (ARQUIVO/VEJA SP)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2014 às 20h08.

São Paulo - A polícia levou para a delegacia 28 suspeitos de golpes em filas de três unidades do Consulado dos Estados Unidos em São Paulo. Eles vendiam vagas na fila por R$ 300, se passavam por falsos despachantes e cobravam R$ 30 por estacionamentos que não existem.

A operação foi feita na manhã desta sexta-feira, 25, e envolveu 40 policiais da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista (Deatur).

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Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, diretor da Deatur, do total de detidos, sete assinaram termos circunstanciados (crimes de menor potencial ofensivo) por exercício ilegal da profissão.

"Eles sempre davam o golpe em pessoas mais simples, humildes, ou do interior do Estado. Vendiam serviços desnecessários para a obtenção do visto e colocavam pânico em quem chegava de madrugada na fila", disse.

Cada golpista agia por si. Gonçalves explicou que os falsos despachantes abordavam as vítimas e ofereciam entrada mais rápida no consulado. "Um dos absurdos é que eles diziam que poderiam antecipar as entrevistas, o que não existe", afirmou.

Os detidos também pediam para ver os documentos que as pessoas estavam levando. De acordo com o delegado, os golpistas afirmavam que as vítimas estavam com documentos a menos e vendiam por R$ 50 cópias de páginas da internet do próprio consulado.

A polícia começou a receber as reclamações há 30 dias. Desde então, a Deatur começou a monitorar as unidades e fotografou os suspeitos. Nenhum dos detidos ficou preso.

Estacionamento

A Polícia Civil iniciou as investigações a partir de um falso estacionamento. Os suspeitos colocavam uma placa em uma rua próxima da unidade da Chácara Santo Antônio, em Santo Amaro, zona sul, cobravam R$ 20 para estacionar e deixavam os carros na rua. Na operação, três estacionamentos foram fechados.

Os estacionamentos também funcionavam como quartéis-generais dos falsos despachantes. Ali, eles imprimiam páginas que não tinha serventia alguma na hora de tirar o visto.

Segundo Gonçalves, a Polícia Civil apreendeu computadores que estavam dentro dos estacionamentos.

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