Polícia abre inquérito para apurar morte de haitiano na Papuda
A Polícia Civil abriu processo de investigação para esclarecer o caso; até agora, a linha de apurações aponta para homicídio
Agência Brasil
Publicado em 19 de setembro de 2017 às 14h49.
O corpo do haitiano Olgens Calypse Joseph, de 29 anos, encontrado nesta segunda-feira (18) em uma cela do Complexo Penitenciário da Papuda, permanece no Instituto Médico-Legal (IML) de Brasília.
A Polícia Civil abriu processo de investigação para esclarecer o caso, e a linha de apurações aponta para homicídio. O inquérito ainda não tem data para ser concluído.
De acordo com a Subsecretaria de Sistema Penitenciário (Sesipe) do Distrito Federal, o corpo foi encontrado por agentes penitenciários que relataram sinais de asfixia mecânica. O Serviço de Atendimento Móvel (Samu) prestou atendimento e tentou reanimar Olgens, mas ele já tinha morrido.
"Estamos apurando o caso para, no menor prazo possível, esclarecer a causa da morte. Por enquanto, trabalhamos na linha de que o detento cometeu suicídio, pois estava sozinho na cela, mas ainda não temos o resultado final", informou a 30ª Delegacia de São Sebastião, responsável pelo caso.
Atualmente, o sistema penitenciário do Distrito Federal, que 7.395 vagas para detentos, abriga cerca de 15 mil internos.
O caso
Olgens deu entrada na penitenciária da Papuda na última sexta-feira (15), após agredir o policial Josafá Jorge de Sousa, de 50 anos, com cinco golpes de faca no rosto.
O haitiano foi encaminhado diretamente para o atendimento médico, "pois estava bastante agressivo". Segundo a Sesipe, após ser medicado e passar algumas horas em observação, no fim da tarde, o interno ainda apresentava sinais de agitação vindo a agredir agentes penitenciário e até alguns membros da equipe médica.
A Sesipe informou que, em seguida, Olgens foi levado para uma cela do pavilhão de segurança, onde ficou isolado. De acordo com a subsecretaria, o interno vinha recebendo tratamento médico desde sexta-feira (15).
Mesmo com o tratamento, ele apresentava instabilidade emocional, acrescentou a Sesipe. Até o fechamento da reportagem, não havia informações sobre a ida de parentes ao IML para buscar o corpo de Olgens.