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PMs em greve deixam Assembleia da Bahia e líder do motim é preso

O líder do movimento, Marco Prisco, foi preso e conduzido a instalações da Polícia do Exército, em Salvador

A paralisação da Polícia Militar da Bahia tirou parte do brilho das tradicionais festas pré-Carnaval (Adenilson Nunes/SECOM)

A paralisação da Polícia Militar da Bahia tirou parte do brilho das tradicionais festas pré-Carnaval (Adenilson Nunes/SECOM)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 18h31.

São Paulo - Os policiais amotinados que ocupam a Assembleia Legislativa da Bahia começaram a deixar o local às 6h30 desta quinta-feira, nove dias após o início da greve da Polícia Militar no estado. Segundo o governo, a estimativa é que cerca de 300 pessoas, entre policiais e familiares, deixem o local.

De acordo com informações de um porta-voz militar, o líder do movimento, Marco Prisco, foi preso e conduzido a instalações da Polícia do Exército, em Salvador, segundo informações dadas à TV Globo. Não ficou imediatamente claro se o movimento grevista foi encerrado.

Além de Prisco, o governo do Estado informou que outras pessoas foram presas, incluindo o soldado Jeane Batista de Souza, do Batalhão de Guardas da Polícia Militar, responsável pela proteção do sistema prisional baiano.

"A partir de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, foi descoberto que Jeane participava de uma articulação para a invasão do batalhão, localizado no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador", afirmou o governo do Estado em nota.

O governo informou que as cinco primeiras pessoas começaram a sair do prédio a partir das 0h30, depois de terem sido informadas da matéria veiculada no Jornal Nacional, da Rede Globo, com provas de que Prisco, expulso da Polícia Militar após a greve de 2001, comandou atos de vandalismo praticados em Salvador desde 2 de fevereiro.

Nas gravações autorizadas pela Justiça, e divulgadas na TV na noite de quarta-feira, é abordada a expansão do movimento para outros Estados.

A paralisação da Polícia Militar da Bahia tirou parte do brilho das tradicionais festas pré-Carnaval de Salvador e, a dez dias do início da festa, já tinha impacto negativo na época mais lucrativa para o turismo da cidade.

Desde o início da greve, em 31 de janeiro, foram registrados 150 homicídios no Estado e a paralisação elevou os índices de roubos, assaltos e homicídios da Bahia, Estado que tem uma das maiores taxas de criminalidade do país.

Tropas federais cercavam a Assembleia. Mais de 3 mil homens das Forças Armadas, da Polícia Federal e da Força Nacional de segurança Pública foram enviados às ruas da Bahia para manter a ordem durante a greve, que era apoiada por cerca de 20 por cento dos 31 mil policiais militares, segundo estimativas da PM baiana.


Os policiais grevistas pediam reajuste salarial e incremento nas gratificações. O governo Jacques Wagner (PT) ofereceu reajuste de 6,5 por cento retroativo a 1o de janeiro e aumento escalonado nas gratificações.

O maior impasse para um acordo, no entanto, era a reivindicação de que fossem revogados 12 mandados de prisão emitidos contra líderes da paralisação e para que os participantes da greve sejam anistiados. O governo baiano rejeita os dois pedidos.

Salvador receberá jogos da Copa do Mundo de 2014 e pode sediar partidas da Copa das Confederações, que será disputada em junho do ano que vem.

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