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PMDB fecha acordo para aprovar Janot no Senado

O nome de Janot será submetido a votações secretas previstas para ocorrer na quarta-feira, 26, na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário do Senado

Procurador-geral da República, Rodrigo Janot: o nome de Janot será submetido a votações secretas previstas para ocorrer na quarta-feira, 26, na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário do Senado (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 11h31.

Brasília - A cúpula do PMDB do Senado costurou um acordo com o governo para reconduzir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot .

O maior partido da Casa, que tem 17 dos 81 senadores, já sinalizou que atuará para garantir a prorrogação do mandato do chefe do Ministério Público Federal por mais dois anos.

O nome de Janot será submetido a votações secretas previstas para ocorrer na quarta-feira, 26, na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário do Senado.

A animosidade na Casa com Janot vinha desde março, com a abertura de 13 inquéritos contra senadores na Operação Lava Jato - quatro dos quais peemedebistas, um deles o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).

Em julho a rejeição ao nome de Janot chegou a ser tratada como um risco real por três líderes da Casa, logo após a operação de busca e apreensão avalizada pelo procurador contra os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE).

Mas, nas últimas semanas, peemedebistas entraram em campo para diminuir resistências ao procurador-geral. Primeiro, atuaram em 5 de agosto para dissuadir uma rebelião liderada por Collor para barrar, em votação secreta, um indicado por Janot ao Conselho Nacional do Ministério Público.

Senadores queriam dar um "susto" em Janot com a rejeição a um novo mandato do procurador regional da República Fábio George Cruz da Nóbrega. Mas não houve sucesso e Nóbrega obteve 51 votos a favor - ele precisava de ao menos 41 votos favoráveis.

Dois dias depois, em viagem oficial, a presidente Dilma Rousseff avisou ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) que iria reconduzir Janot. Aliado de Renan, Jucá - também alvo da Lava Jato - garantiu-lhe que o nome seria aprovado.

Não houve mudanças no apoio com as denúncias de Janot, na semana passada, contra Collor e o também peemedebista Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara. "Vai ser uma sabatina longa, dura, como devem ser todas elas, mas Janot será aprovado", disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), ao jornal O Estado de S.Paulo.

Crise

A avaliação de integrantes do PMDB e outros partidos é que rejeitar Janot poderia trazer a crise política para o Senado. Na semana passada, quando já sabia que Cunha seria denunciado, Renan deu o tom de sua atuação. "Vou demonstrar completa isenção e grandeza como presidente do Senado.

Vamos fazer a sabatina, vou conversar com os líderes para que nós votemos no mesmo dia, para que definitivamente o Senado possa demonstrar que não vai permitir o amesquinhamento dessa apreciação", afirmou.

O principal foco de incerteza é Collor, maior crítico público à atuação de Janot. O ex-presidente já apresentou um voto em que questiona a gestão do atual procurador. "Ele (Collor) é instável", reconheceu um líder aliado que atua para "segurar" o ímpeto do ex-presidente.

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Brasília - A cúpula do PMDB do Senado costurou um acordo com o governo para reconduzir o procurador-geral da República, Rodrigo Janot .

O maior partido da Casa, que tem 17 dos 81 senadores, já sinalizou que atuará para garantir a prorrogação do mandato do chefe do Ministério Público Federal por mais dois anos.

O nome de Janot será submetido a votações secretas previstas para ocorrer na quarta-feira, 26, na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário do Senado.

A animosidade na Casa com Janot vinha desde março, com a abertura de 13 inquéritos contra senadores na Operação Lava Jato - quatro dos quais peemedebistas, um deles o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL).

Em julho a rejeição ao nome de Janot chegou a ser tratada como um risco real por três líderes da Casa, logo após a operação de busca e apreensão avalizada pelo procurador contra os senadores Fernando Collor (PTB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando Bezerra (PSB-PE).

Mas, nas últimas semanas, peemedebistas entraram em campo para diminuir resistências ao procurador-geral. Primeiro, atuaram em 5 de agosto para dissuadir uma rebelião liderada por Collor para barrar, em votação secreta, um indicado por Janot ao Conselho Nacional do Ministério Público.

Senadores queriam dar um "susto" em Janot com a rejeição a um novo mandato do procurador regional da República Fábio George Cruz da Nóbrega. Mas não houve sucesso e Nóbrega obteve 51 votos a favor - ele precisava de ao menos 41 votos favoráveis.

Dois dias depois, em viagem oficial, a presidente Dilma Rousseff avisou ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) que iria reconduzir Janot. Aliado de Renan, Jucá - também alvo da Lava Jato - garantiu-lhe que o nome seria aprovado.

Não houve mudanças no apoio com as denúncias de Janot, na semana passada, contra Collor e o também peemedebista Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara. "Vai ser uma sabatina longa, dura, como devem ser todas elas, mas Janot será aprovado", disse o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), ao jornal O Estado de S.Paulo.

Crise

A avaliação de integrantes do PMDB e outros partidos é que rejeitar Janot poderia trazer a crise política para o Senado. Na semana passada, quando já sabia que Cunha seria denunciado, Renan deu o tom de sua atuação. "Vou demonstrar completa isenção e grandeza como presidente do Senado.

Vamos fazer a sabatina, vou conversar com os líderes para que nós votemos no mesmo dia, para que definitivamente o Senado possa demonstrar que não vai permitir o amesquinhamento dessa apreciação", afirmou.

O principal foco de incerteza é Collor, maior crítico público à atuação de Janot. O ex-presidente já apresentou um voto em que questiona a gestão do atual procurador. "Ele (Collor) é instável", reconheceu um líder aliado que atua para "segurar" o ímpeto do ex-presidente.

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