Alexandre de Moraes: o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pediu que a bancada sugerisse um nome ainda nesta terça (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 19h14.
Brasília - Sem consenso, a bancada do PMDB no Senado ainda discutia no início da noite desta terça-feira que nome indicará para a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes da Casa, responsável, inclusive, pela sabatina do novo indicado para a vaga do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pelo menos três dos integrantes da bancada - os senadores Edison Lobão (MA), Raimundo Lira (PB), e Marta Suplicy (SP) - ofereceram-se para comandar a comissão, mas o novo líder da bancada, senador Renan Calheiros (AL) alimenta o desejo de chegar a um acordo sem a necessidade de recorrer a uma votação interna.
Caso persista, a indefinição pode atrasar os planos de instalação da CCJ, e por consequência a sabatina de Alexandre de Moraes, indicado para a cadeira do STF vaga após a morte de Teori Zavascki em 19 de janeiro em queda de avião.
Mais cedo, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), pediu que a bancada sugerisse um nome ainda nesta terça, na intenção de instalar a comissão já na quarta-feira e dar andamento à tramitação da indicação de Moraes ao STF.
Eunício estima que a sabatina do novo ministro possa ocorrer no dia 22 deste mês na CCJ. O presidente também se comprometeu a levar a indicação ao plenário assim que for concluída a sabatina.
A bancada peemedebista se reuniu no início da tarde, interrompeu a negociação assim que teve início a ordem do dia, e voltou às conversas pouco depois das 18h.
Até então filiado ao PSDB e ligado ao governador tucano Geraldo Alckmin (SP), Moraes se licenciou do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do qual era titular, logo após o anúncio de sua indicação na segunda-feira, para aguardar a sabatina do Senado.