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PM quer critério para coberturas jornalísticas de operações no Rio

A afirmação foi dada um dia depois da morte do cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes, baleado durante uma operação policial na favela de Antares

Última imagem de cinegrafista da Band morto em tiroteio no Rio: segundo a PM, a polícia não “convida” a imprensa para cobrir as operações dentro das favelas (Reprodução)

Última imagem de cinegrafista da Band morto em tiroteio no Rio: segundo a PM, a polícia não “convida” a imprensa para cobrir as operações dentro das favelas (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2011 às 11h27.

Rio de Janeiro – O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, disse hoje (7) que quer estabelecer um critério para coberturas jornalísticas de operações policiais nas favelas do estado. A afirmação foi dada um dia depois da morte do cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes, baleado durante uma operação policial na favela de Antares, na zona oeste da cidade.

“Vamos tentar reunir os sindicatos dos cinegrafistas, dos jornalistas, para conversar, para ter um critério de segurança. Quando um policial falar com um repórter: 'daqui vocês não podem passar’, que eles entendam e, por segurança própria, obedeçam a orientação dos policiais”, disse o comandante da PM.

A imprensa entrou na favela, durante a operação de ontem (6), junto com policiais do Batalhão de Choque e depois que o Batalhão de Operações Especiais (Bope) já havia ocupado a comunidade e a troca de tiros inicial tinha cessado. No entanto, quando os jornalistas já estavam nas ruas da favela de Antares, o tiroteio recomeçou.

“O Bope entrou, mas os bandidos se deslocam [dentro da própria favela] e os policiais do Choque acabaram dando de frente com esses marginais. O policial vai entrando e eles [os bandidos] vão se deslocando para outros locais. Nesse caso, infelizmente [eles se deslocaram], para onde estava o cinegrafista”, disse.

Segundo o comandante, a polícia não “convida” a imprensa para cobrir as operações dentro das favelas, mas os jornalistas acabam acompanhando os policiais por conta própria. “A imprensa nunca foi convidada, só que o repórter, principalmente quem cobre a área policial, é um 'policial'. Infelizmente aconteceu isso [a morte] com esse nosso amigo”, afirmou.

Durante cerimônia da troca de comando da Força de Pacificação do Complexo do Alemão, o comandante militar do Leste, general do Exército Adriano Pereira Júnior, lamentou a morte do cinegrafista. “Rendo minha homenagem hoje ao cinegrafista morto da Band e esperamos que nosso trabalho [do Exército] colabore para que, fatos como esse, não se repitam no estado do Rio de Janeiro, nem no nosso país, ou seja, que profissionais exercendo a sua atividade percam a vida de forma brutal como foi o ocorrido ontem com o cinegrafista”, disse o general.

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