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PM do Rio só deve usar força caso manifestantes se recusem a deixar acampamento, diz Castro

Cerca de 50 manifestantes começaram a retirar barracas, toldos e pallets usados no acampamento

Cláudio Castro é discutir medidas contra possíveis ações no estado
 (Rafael Campos - Ascom Governo RJ/Divulgação)

Cláudio Castro é discutir medidas contra possíveis ações no estado (Rafael Campos - Ascom Governo RJ/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2023 às 12h56.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou na manhã desta segunda-feira que a Polícia Militar só deve usar a força e prender manifestantes bolsonaristas caso haja resistência à desocupação do acampamento em frente ao Comando Militar do Leste (CML) e uso de violência contra as Instituições do Estado.

"Estamos falando desde ontem com o general Novaes. Está sendo tudo coordenado com ele. A polícia Militar está em contato direto com ele. Eles deixaram claro que até o final do dia vão cumprir a decisão. A Polícia Militar está pronta para ser acionada se for necessário. Se não conseguirmos fazer o cumprimento pacífico, que usemos a força necessária e proporcional para cumprir essa decisão de forma integral", afirmou Castro.

Cerca de 50 manifestantes começaram a retirar barracas, toldos e pallets usados no acampamento. A desocupação ocorre sem a presença da Polícia Militar e da Guarda Municipal. No início da manhã, um fotógrafo da Agência Futura, a serviço do jornal Folha de S.Paulo, foi agredido por um grupo. Ele foi cercado e ameaçado pelos bolsonaristas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, publicou uma decisão no início da madrugada desta segunda-feira, determinando a "desocupação e dissolução total" dos acampamentos em até 24 horas.

Ao ser questionado se os manifestantes no CML seriam presos, Castro disse que a desocupação ficará a cargo do Exército e da Guarda Municipal. A PM prestará suporte. No final da manhã, os manifestantes começaram a desocupar o acampamento em frente ao Comando Militar.

O governador do Rio se reuniu com os presidentes dos Poderes do Rio após discutir com a cúpula da segurança. Estiveram presentes os presidentes da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), do Tribunal de Justiça (TJRJ), do Tribunal Regional Federal (TRF), do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Defensoria Pública.

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