Planalto lamenta morte de Boechat e elogia seu trabalho na imprensa
Jornalista morreu em queda de helicóptero no Rodoanel nesta segunda-feira
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 15h35.
Última atualização em 11 de fevereiro de 2019 às 17h11.
Brasília — Em nota, o Palácio do Planalto lamentou a morte do jornalistaRicardo Boechat, que morreu nesta segunda-feira, 11, numa queda de helicóptero no Rodoanel, em São Paulo. O texto afirma que o País perdeu "um dos principais profissionais da imprensa brasileira".
"A Presidência da República expressa seu pesar e condolências em razão do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, vitimado em um acidente aéreo, neste dia. O País perde um dos principais profissionais da imprensa brasileira. Sentiremos a falta de seu destacado trabalho na informação da população, tendo exercido sua atividade por mais de quatro décadas com dedicação e zelo", diz a nota divulga pela secretaria de comunicação da Presidência.
Do Hospital Albert Einstein, o presidente Jair Bolsonaro prestou solidariedade à família do jornalista. "É com pesar que recebo a triste notícia do falecimento do jornalista Ricardo Boechat, que estava no helicóptero que caiu hoje em SP. Minha solidariedade à família do profissional e colega que sempre tive muito respeito, bem como do piloto. Que Deus console a todos!", escreveu Bolsonaro.
O filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (RJ), que acompanha o pai no hospital, também se manifestou nas redes sociais. Ele disse que "Boechat era um grande profissional, referência no jornalismo, capaz de conquistar o respeito tanto dos que convergiam quanto dos que divergiam de suas ideias e opiniões". "Que seja sempre lembrado por isso", destacou Carlos.
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, escreveu: "Meus sentimentos à família e amigos de Ricardo Boechat".
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) também se manifestou nas redes sociais. "Manifesto meus sentimentos às famílias de #RicardoBoechat e do piloto do helicóptero, aos profissionais da Rede Bandeirantes, rádio e televisão, extensivos à classe jornalística, pela triste notícia do acidente que os vitimou. Deus no comando."
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chamou Boechat de "um dos maiores jornalistas da sua história". "Sua atuação diária demonstrava sensibilidade em defesa do interesse público e do jornalismo de qualidade. Toda a solidariedade a seus familiares, amigos e colegas da Rede Bandeirantes", escreveu. Já o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), prestou condolências aos familiares e colegas do jornalista. "O Brasil perde um profissional ético, íntegro e talentoso."
Vereador do Rio, Carlos Bolsonaro (PSC) chamou Boechat de "um grande profissional, referência no jornalismo, capaz de conquistar o respeito tanto dos que convergiam quanto dos que divergiam de suas ideias e opiniões. Que seja sempre lembrado por isso", postou.
A ex-senadora Marina Silva (Rede) declarou ter recebido a notícia com "profunda tristeza". Boechat fará uma falta enorme ao jornalismo, ainda mais nesse momento do país. Que Deus conforte sua família, amigos e colegas de trabalho nesse momento de perda e dor."
O acidente
Ricardo Eugênio Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero no Rodoanel no início da tarde desta segunda-feira. A aeronave caiu no quilômetro 7, próximo ao acesso à Rodovia Anhanguera, na chegada a São Paulo, em cima de um caminhão.
Minutos após o acidente, o Corpo de Bombeiros informou que duas pessoas tinham morrido na queda - seriam o piloto e o copiloto. A confirmação de que o jornalista era um dos ocupantes veio cerca de uma hora depois. O motorista do caminhão foi socorrido pela concessionária.
Em entrevista à Band, o comandante Marcos Palumbo afirmou que o acidente teve três vítimas, duas dentro da aeronave e tiveram os corpos carbonizados, e a terceira era o motorista do caminhão.
Segundo o capitão Augusto Paiva, da Polícia Militar, o motorista do caminhão teve apenas ferimentos leves e às 14h40 já estava no 46º DP para prestar depoimento. Ele teria dito que viu a aeronave segundos antes da colisão, mas não teve tempo hábil para frear ou desviar.
Boechat era apresentador do Jornal da Band e da rádio BandNews FM, além de ser colunista da revista IstoÉ. Trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo e, também, nos jornais O Globo e O Dia. É ganhador de três prêmios Esso e, segundo o site da Band, é um dos maiores ganhadores da história do Prêmio Comunique-se, em que foi reconhecido como âncora de rádio, âncora de televisão e colunista. Também foi eleito o jornalista mais admirado do País na pesquisa do site Jornalistas&Cia em 2014.
O helicóptero, uma aeronave Bell Jet Ranger, prefixo PT-HPG, fabricada em 1975, não era da emissora de televisão. Tinha capacidade para cinco lugares, estava com a declaração anual de inspeção de aviação válida até maio deste ano e com o certificado de aeronavegabilidade válido até maio de 2023. Ele pertence à empresa RQ Serviços Aéreos Especializados, cuja sede fica no Tatuapé, zona leste, empresa com uma frota de quatro aeronaves especializada em filmagens, fotografias e reportagem.