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Pilotos e comissários avaliam greve a partir de 1º de janeiro

Paralisação depende de assembleias que avaliam proposta salarial discutida no TST

Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 24 de dezembro de 2025 às 15h32.

Os aeronautas — pilotos, copilotos, comissários e demais profissionais que atuam a bordo de voos comerciais regulares — poderão iniciar uma greve nacional a partir de 1º de janeiro de 2026. A paralisação, no entanto, ainda depende do resultado de duas assembleias convocadas pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

Segundo o sindicato, uma nova proposta salarial, apresentada nesta terça-feira, 23, durante audiência no Tribunal Superior do Trabalho (TST), será submetida à votação em assembleia online, entre os dias 26 e 28. Caso o texto seja rejeitado, está prevista uma assembleia presencial no dia 29, em São Paulo, que poderá autorizar a deflagração da greve no primeiro dia de 2026.

Proposta em análise

De acordo com o TST, a proposta foi construída de forma conjunta pelas partes e prevê recomposição integral da inflação, medida pelo INPC, além de ganho real de 0,5%. Com isso, o reajuste salarial total chegaria a 4,68%.

O texto também inclui reajuste de 8% no vale-alimentação, além de correções em outros itens previstos no acordo coletivo.

Categoria se diz pronta para paralisação

Em transmissão ao vivo aos trabalhadores, o presidente do SNA, Tiago Rosa, afirmou que a categoria está preparada para a greve, caso a proposta seja rejeitada.

Segundo ele, a assembleia presencial do dia 29 será mantida caso não haja aprovação na votação online. Nessa reunião, os aeronautas poderão deliberar formalmente pela paralisação a partir de 1º de janeiro.

Empresas ainda não se manifestaram

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea) foi procurado para comentar o andamento das negociações, mas não havia se manifestado até a publicação desta reportagem.

A eventual greve pode impactar voos regulares em todo o país no período de festas e início do ano, caso não haja acordo entre trabalhadores e empresas até o fim das assembleias.

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