Picciani reconhece dificuldade de entregar votos pró-governo
Líder do PMDB na Câmara defende que Dilma não cometeu crime de responsabilidade, mas está tendo dificuldade de convencer parlamentares do partido
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2016 às 14h08.
Brasília - O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), reconheceu a aliados que não conseguirá entregar os 25 votos contra o impeachment prometidos ao governo, na votação do próximo domingo, 17.
Nos últimos dias, o vice-presidente Michel Temer tem conversado com vários parlamentares peemedebistas, o que fez crescer o grupo contra o governo.
Picciani mantém o discurso de que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade, como sustenta a oposição, mas diz que esta é uma opção pessoal.
A ala oposicionista do partido pressiona o líder a manifestar em plenário a posição majoritária pelo afastamento da presidente. A bancada do PMDB tem 66 deputados atualmente. Nas contas dos aliados de Temer, os votos do PMDB a favor de Dilma não passarão de dez.
Nesta quarta-feira, 13, o deputado Newton Cardoso Jr. (MG), um dos principais apoiadores de Picciani na campanha pela reeleição de líder, anunciou o voto a favor do impeachment de Dilma.
Cardoso Jr. disse ter resistido a "pressões ilegítimas" para ficar ao lado do governo, mas afirmou ter tomado a decisão diante "da situação que o País vive e da gravidade do Estado de Minas Gerais, terra natal da presidente, que vive esfacelamento, com contas públicas em situação deplorável".
"Somos duros e refratários a pressões ilegítimas, estamos unidos por posição a favor do Brasil e minha posição é favorável ao impeachment da presidente tendo em vista que a situação precisa mudar. Temos unidade do partido a respeito disso e confiança no nosso vice-presidente Michel Temer para ser o condutor dessa nova realidade", disse.
O deputado disse que as pressões ilegítimas são mensagens com ameaças e xingamentos que tem recebido. Cardoso Jr. negou ter sido procurado com oferta de cargos e outras barganhas.
"Não me coloquei à disposição de qualquer tipo de oferta, estou falando de pressão de grupos ilegítimos", declarou.
O PMDB mineiro, segundo Cardoso Jr., entregará o comando da Ceasa de Minas Gerais, dominada pelo partido. Cardoso Jr. disse que, apesar de estar em minoria no PMDB, Leonardo Picciani continua a ter o respeito e a confiança do partido.
"Estamos unidos a favor do líder, respeitamos a coerência que ele precisa manter neste momento, mas ele está ciente de que vamos caminhar unidos em prol do País", afirmou.
Vice-líder do PMDB, o deputado Leonardo Quintão (MG) afirmou que a bancada mineira do partido vai pressionar o ministro Mauro Lopes a reassumir o cargo de deputado e votar a favor do impeachment.
Nomeado graças a uma negociação direta do líder Picciani com Dilma, no ano passado, Lopes tem dito que voltará à Câmara para votar contra o afastamento da presidente.
"Vamos avisar ao Mauro Lopes que é inadmissível que o ministro mineiro, nosso amigo, permaneça no cargo e não venha votar favorável ao impeachment. Mauro tem nosso respeito, mas não pode fazer isso com o PMDB de Minas, com Michel Temer, de quem é amigo pessoal, e com o partido em nível nacional. Caso ele não deixe o cargo, a própria história irá mostrar a situação desses ministros que querem estar no poder. Eles não são ministros de governo, são do poder. Não podem estar no governo atual, quando haverá uma transição, porque vamos ganhar o impeachment, e permanecer no cargo logo após. Isso é incoerência, irresponsabilidade, desrespeito com o eleitor e com o PMDB", atacou.
Brasília - O líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), reconheceu a aliados que não conseguirá entregar os 25 votos contra o impeachment prometidos ao governo, na votação do próximo domingo, 17.
Nos últimos dias, o vice-presidente Michel Temer tem conversado com vários parlamentares peemedebistas, o que fez crescer o grupo contra o governo.
Picciani mantém o discurso de que a presidente Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade, como sustenta a oposição, mas diz que esta é uma opção pessoal.
A ala oposicionista do partido pressiona o líder a manifestar em plenário a posição majoritária pelo afastamento da presidente. A bancada do PMDB tem 66 deputados atualmente. Nas contas dos aliados de Temer, os votos do PMDB a favor de Dilma não passarão de dez.
Nesta quarta-feira, 13, o deputado Newton Cardoso Jr. (MG), um dos principais apoiadores de Picciani na campanha pela reeleição de líder, anunciou o voto a favor do impeachment de Dilma.
Cardoso Jr. disse ter resistido a "pressões ilegítimas" para ficar ao lado do governo, mas afirmou ter tomado a decisão diante "da situação que o País vive e da gravidade do Estado de Minas Gerais, terra natal da presidente, que vive esfacelamento, com contas públicas em situação deplorável".
"Somos duros e refratários a pressões ilegítimas, estamos unidos por posição a favor do Brasil e minha posição é favorável ao impeachment da presidente tendo em vista que a situação precisa mudar. Temos unidade do partido a respeito disso e confiança no nosso vice-presidente Michel Temer para ser o condutor dessa nova realidade", disse.
O deputado disse que as pressões ilegítimas são mensagens com ameaças e xingamentos que tem recebido. Cardoso Jr. negou ter sido procurado com oferta de cargos e outras barganhas.
"Não me coloquei à disposição de qualquer tipo de oferta, estou falando de pressão de grupos ilegítimos", declarou.
O PMDB mineiro, segundo Cardoso Jr., entregará o comando da Ceasa de Minas Gerais, dominada pelo partido. Cardoso Jr. disse que, apesar de estar em minoria no PMDB, Leonardo Picciani continua a ter o respeito e a confiança do partido.
"Estamos unidos a favor do líder, respeitamos a coerência que ele precisa manter neste momento, mas ele está ciente de que vamos caminhar unidos em prol do País", afirmou.
Vice-líder do PMDB, o deputado Leonardo Quintão (MG) afirmou que a bancada mineira do partido vai pressionar o ministro Mauro Lopes a reassumir o cargo de deputado e votar a favor do impeachment.
Nomeado graças a uma negociação direta do líder Picciani com Dilma, no ano passado, Lopes tem dito que voltará à Câmara para votar contra o afastamento da presidente.
"Vamos avisar ao Mauro Lopes que é inadmissível que o ministro mineiro, nosso amigo, permaneça no cargo e não venha votar favorável ao impeachment. Mauro tem nosso respeito, mas não pode fazer isso com o PMDB de Minas, com Michel Temer, de quem é amigo pessoal, e com o partido em nível nacional. Caso ele não deixe o cargo, a própria história irá mostrar a situação desses ministros que querem estar no poder. Eles não são ministros de governo, são do poder. Não podem estar no governo atual, quando haverá uma transição, porque vamos ganhar o impeachment, e permanecer no cargo logo após. Isso é incoerência, irresponsabilidade, desrespeito com o eleitor e com o PMDB", atacou.