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PIB brasileiro cresceu cerca de 4% no 1o tri, diz Mantega

A declaração vem dias antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide na próxima quarta-feira o rumo da Selic

Mantega afirmou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que vai ficar com déficit nominal abaixo de 2 por cento em 2011 (Divulgação/Banco Central)

Mantega afirmou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que vai ficar com déficit nominal abaixo de 2 por cento em 2011 (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 20h01.

Washington - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu "quatro, quatro e pouco por cento" em bases anualizadas no primeiro trimestre de 2011, afirmou nesta sexta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"A economia já está desacelerando. No primeiro trimestre, eu acredito que será algo como quatro, quatro e pouco por cento anualizado. Significa que (a economia) já se ajustou a um ritmo de crescimento adequado, que é aquele que nós pretendemos alcançar ao longo do ano", disse Mantega a jornalistas.

A declaração vem dias antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide na próxima quarta-feira o rumo da Selic, hoje em 11,75 por cento. A expectativa de analistas ouvidos pela Reuters é de uma nova alta de 0,25 ou 0,5 ponto percentual.

Segundo o ministro, o preço da gasolina não vai subir no Brasil este mês, mas o assunto pode ser revisto, caso persistam os aumentos do petróleo no mercado internacional.

Saindo de um reunião com representantes de membros do G20, na qual foram discutidos mecanismos para corrigir desequilíbrios globais, Mantega afirmou que o Brasil é um dos poucos países do mundo que vai ficar com déficit nominal abaixo de 2 por cento em 2011.

O G20 entrou em acordo nesta sexta-feira sobre uma maneira de mensurar riscos potenciais à economia global provocados por políticas econômicas nacionais, como parte de um plano para evitar nova crise econômica global como a observada em 2007-2009.

Mantega disse ter proposto no encontro a homogeinização do sistema cambial, de modo que todos passassem a adotar o câmbio flutuante.

"É claro que não precisa ser puro. Você pode estabelecer limites de flutuação diária. Provavelmente, teria que tomar menos medidas de controle de capitais." A proposta implicaria que a China também teria que adotar o câmbio flutuante. De acordo com Mantega, os representantes chineses não esboçaram uma reação negativa à proposta, o que ele considerou positivo.

Outra proposta brasileira ao G20 foi a adoção de mais medidas macroprudenciais para combater o excesso de liquidez.

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