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PIB do 2º tri mostra que BC errou a mão, diz Gradual

Desempenho da economia brasileira superou até as expectativas do ministro da Fazenda, Guido Mantega

Aumentou a polêmica sobre a decisão do Copom, comando por Meirelles (.)

Aumentou a polêmica sobre a decisão do Copom, comando por Meirelles (.)

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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2010 às 17h07.

São Paulo - O crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior superou as expectativas do mercado e levantou questionamentos sobre a reunião do Copom, que na quarta-feira passada (1), decidiu interromper o ciclo de alta dos juros.

"O Banco Central errou a mão", afirma o economista da Gradual Investimentos André Perfeito. "Fatalmente teremos algum tipo de correção na curva, com as pontas mais longas subindo na expectativa de que a próxima diretoria do BC terá que subir os juros para segurar a inflação."

André Perfeito acrescenta: "Se por acaso o colegiado do Copom tivesse aumentado em 50 pontos base a Selic na última quarta-feira, a transição entre o atual governo e o próximo seria mais tranqüila. Perdemos esta oportunidade".

A Gradual previa uma alta de 0,4% e a mediana do mercado era de 0,7%. Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, - um otimista de plantão - errou. A estimava dele era de uma alta entre 0,5% e 1%.

O economista André Perfeito estima que, se o PIB crescer apenas 0,6% no terceiro e no quarto trimestres, o resultado anual será de 7,47%.

A LCA Consultores diz, em relatório divulgado nesta manhã, que "o ritmo de crescimento se aproximou daquele que estimamos como sendo o potencial da economia brasileira, entre 1,1% e 1,2% por trimestre".

A consultoria calcula que, se o PIB tiver crescimento zero no terceiro e no quarto trimestres, ainda assim já estará garantida uma alta anual de 7%. "Essa constatação sugere que nossa projeção para o crescimento neste ano deverá ser revista para cima (atualmente ela está em +6,6%)."

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