Roseana Sarney: a efetivação do parecer depende de uma decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF (Divulgação/Governo do Maranhão)
Agência Brasil
Publicado em 24 de novembro de 2016 às 20h40.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu hoje (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito em que a ex-governadora do Maranhão Roseana Sarney e o senador Edison Lobão (PMDB-MA) são acusados de lavagem de dinheiro e corrupção na Operação Lava Jato.
A efetivação do parecer depende de uma decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF.
A investigação foi iniciada em março de 2015 para apurar declarações do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Em depoimento de delação premiada, Costa afirmou que a campanha eleitoral de Roseana em 2010 teria recebido R$ 2 milhões de propina, valor que teria sido solicitado por Edison Lobão e pago pelo doleiro Alberto Youssef.
Ao pedir o arquivamento do inquérito, Janot disse que não há provas para justificar o prosseguimento da investigação.
"Considerando o amplo espectro de diligências já realizadas, a partir das informações existentes a respeito dos fatos aqui versados, não se vislumbra outras medidas que pudessem ser adotadas, neste momento, para coleta de elementos probatórios visando ao esclarecimento hipóteses levantadas", disse.
Em nota, o advogado de Roseana e de Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, comemorou o parecer da PGR e disse que, desde o começo das investigações, a ex-governadora sempre se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.
"Esse arquivamento, embora tardio, resgata, nesse ponto de vista, a verdade. Para Roseana, que ficou sendo investigada desnecessariamente, é uma vitória. Este era o único inquérito em que Roseana era investigada. Embora a demora nas investigações tenha causado um enorme prejuízo pessoal e político, para Roseana, a Lava Jato é uma página do passado", disse o advogado.