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PGR denuncia Bolsonaro por racismo

Bolsonaro poderia ser condenado a uma pena de reclusão de um a três anos

Bolsonaro: em evento no ano passado, o deputado usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

Bolsonaro: em evento no ano passado, o deputado usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/Agência Brasil)

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AFP

Publicado em 14 de abril de 2018 às 14h03.

Última atualização em 14 de abril de 2018 às 14h04.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou na sexta-feira (14) o deputado de ultradireita e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro por "racismo" contra as comunidades descendentes de escravos, índios, refugiados, mulheres e LGBTs, informou a instituição.

Se o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitar a denúncia e condená-lo por racismo antes de outubro, Bolsonaro - em segundo lugar nas pesquisas - poderia ficar inabilitado para disputar as eleições.

Bolsonaro poderia ser condenado a uma "pena de reclusão de um a três anos" e a procuradora-geral Raquel Dodge pede "o pagamento mínimo de R$ 400 mil por danos morais coletivos", afirma em comunicado a PGR.

Diante de um público de cerca de 300 pessoas durante uma conferência no Clube Hebraica, no Rio de Janeiro, em abril de 2017, Bolsonaro "usou expressões de cunho discriminatório, incitando o ódio e atingindo diretamente vários grupos sociais", detalha o comunicado da Procuradoria-Geral.

A assessoria de Bolsonaro respondeu que "é lamentável assistir a ataques infundados, cujo objetivo precípuo é o de gerar notícias sensacionalistas, a fim de denegrir a imagem daquele que é, de fato, o maior fenômeno político do Brasil nos últimos anos".

O deputado "não terá qualquer dificuldade para demonstrar, na esfera judicial, que não é racista", acrescenta o comunicado.

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