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PF prende ex-Petrobras e executivos de empreiteiras

Entre os presos estão Renato Duque, ex-diretor de Serviços da estatal, e executivos da Camargo Corrêa, OAS e Galvão Engenharia


	Polícia Federal realiza 7ª fase da Operação Lava Jato
 (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Polícia Federal realiza 7ª fase da Operação Lava Jato (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 11h39.

São Paulo - A Polícia Federal prendeu 18 pessoas na manhã desta sexta-feira, acusadas de participar de esquemas de corrupção envolvendo a Petrobras. Entre elas estão um ex-diretor da estatal e altos executivos de empreiteiras que fizeram negócios com a estatal. 

A Polícia Federal não divulgou os nomes dos presos, mas fez um balanço da operação até o momento: todos os mandados de busca e apreensão já foram cumpridos, e 6 dos 9 mandados de condução coercitiva também.

Em relação às prisões: dos 6 mandados de prisão preventiva, 4 já foram realizados; das preventivas, 14 das 21 pessoas procuradas já estão com a PF. 

Nesta fase, os alvos são os executivos de empreiteiras ligadas ao esquema de fraudes e pessoas envolvidas ao transporte de dinheiro para doleiros. Nenhum político foi preso.

Presos

O vice-presidente da construtora Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, é um dos presos, segundo a Agência Estado.

Otto Garrido Sparenberg, diretor da Iesa Óleo e Gás, Cristiano Kok, presidente da Engevix, e Gerson Almada, um dos vice-presidentes da empresa, também foram presos

Ricardo Pessoa, presidente da UTC; José Ricardo Breghirolli, da OAS; Edson Fonseca, da Galvão Engenharia, Othon Zanoide Filho, diretor da Camargo Corrêa, também estão presos, segundo O Globo.

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque também foi preso nesta manhã.

De acordo com a PF, quem ainda não foi localizado está automaticamente impedido de deixar o país. É o caso de Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Côrrea, e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, apontado como lobista do PMDB junto às empreiteiras.

Empreiteiras

Além das prisões, policiais da PF cumpriram 11 mandados de busca em grandes empresas. Os policiais vasculharam endereços residenciais de executivos.

Segundo a Polícia Federal, as empresas investigadas têm 59 bilhões de reais em contratos com a Petrobras.

As empreiteiras investigadas estão entre as que foram citadas nos depoimentos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. São elas: Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão, Toyo Setal, Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Engevix, Tomé Engenharia, Jaraguá Equipamentos e Engesa.

Esta é a sétima fase da Operação Lava Jato, que investiga organizações criminosas responsáveis por desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.

Os envolvidos responderão pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro.

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