PF prende cinco suspeitos de planejar golpe para impedir posse de Lula
Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE)
Repórter
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 07h30.
Última atualização em 19 de novembro de 2024 às 07h38.
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 19, a Operação Contragolpe, para desarticular uma organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.
Segundo as informações divulgadas, a investigação identificou um planejamento operacional detalhado que recebeu o nome de “Punhal Verde e Amarelo”, planejado para ser executado no dia 15 de dezembro de 2022.Nesse plano, estava o homicídio dos candidatos à Presidência e Vice-Presidência da República eleitos.
Até o momento, os agentes da PF cumprem cinco mandados de prisão preventiva contra militares com formação em Forças Especiais (FE), três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, além de proibir qualquer um dos alvos das investigações de deixar o país, bem como a exigência de entregar dos passaportes em até 24h. De acordo com a nota divulgada pela Polícia, eles ainda estão suspensos de qualquer exercício da função pública.
O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Os fatos investigados nesta fase da investigação configuram, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Golpe de Estado e organização criminosa.
Planejamento
Além do presidente e vice-presidente eleitos, estava incluido entre os alvos do crime um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que não teve seu nome revelado, mas que estava sendo monitorado de forma continua.
O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para a realização do crime e contava com uso de técnicas operacionais militares avançadas, além de posterior instituição de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, a ser integrado pelos próprios investigados para o gerenciamento de conflitos institucionais originados em decorrência das ações.
Policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, e a suspensão do exercício de funções públicas. O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, que estão sendo efetivados no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.