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PF investiga rombo de R$ 147 mi em postagens dos Correios

Os investigadores destacam que a organização utilizava "toda a estrutura" dos Correios, mas faturadas para outras empresas de transporte


	Correios: o inquérito foi aberto em junho de 2015, após o envio de informações noticiando um "sistema paralelo e clandestino de postagens"
 (Tânia Rêgo/ABr)

Correios: o inquérito foi aberto em junho de 2015, após o envio de informações noticiando um "sistema paralelo e clandestino de postagens" (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2016 às 14h37.

São Paulo - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, 14, a Operação Mala Direta para desarticular esquema de fraudes no envio de mercadorias pelos Correios, envolvendo funcionários concursados da empresa.

Um efetivo de cem policiais federais cumpriu 9 mandados de prisão, 3 de condução coercitiva e 19 de busca e apreensão na Capital e na Grande São Paulo, todos expedidos pela 5.ª Vara Criminal Federal.

Segundo a PF, o inquérito foi aberto em junho de 2015, após o envio de informações pela área de segurança da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos noticiando um "sistema paralelo e clandestino de postagens de boletos, revistas e malas diretas".

Os investigadores destacam que a organização utilizava "toda a estrutura" dos Correios, mas faturadas para outras empresas de transporte de encomendas postais. A PF destacou que a investigação contou com "apoio integral" dos Correios.

"A fraude tinha início com a recepção das correspondências e encomendas em sistema semelhante ao padrão, mas, ajustados com as empresas fraudadoras, os funcionários envolvidos no esquema adulteravam as pesagens, suprimiam listas de faturamento, inseriam dados falsos nos sistemas de informações e ainda adicionavam as cargas clandestinas na distribuição dos Correios, gerando um prejuízo estimado de R$ 147 milhões em dois anos", informa a PF.

A pedido da PF, a Justiça decretou o bloqueio de bens dos investigados. Eles responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa, com penas que variam de 1 ano a 12 anos de prisão.

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