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PF investiga envolvidos no caso Banestado

Remessas de valores foram destinadas ao Israel Discount Bank, em Nova York

Polícia Federal volta a investigar suposta evasão de divisas e lavagem de dinheiro no caso do Banestado (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Polícia Federal volta a investigar suposta evasão de divisas e lavagem de dinheiro no caso do Banestado (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2010 às 08h43.

São Paulo - A Polícia Federal abriu dezenas de inquéritos para investigar suposta evasão de divisas e lavagem de capitais envolvendo empresários, investidores e industriais que teriam promovido remessas de valores destinadas ao Israel Discount Bank, em Nova York.

Os inquéritos foram abertos por ordem do juiz federal Sérgio Fernando Moro, titular da 2.ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. Moro é especialista na condução de ações sobre crimes financeiros. Ele deflagrou a investigação do caso Banestado, de rombo de US$ 30 bilhões na segunda metade dos anos 90. O dinheiro enviado ao exterior sem comunicação ao Fisco e ao Banco Central.

O caso Israel Bank é um desdobramento do Banestado, informou o juiz. Ele destacou que o rastreamento de recursos do Banestado indicou instituições financeiras no exterior, entre elas o Israel Discount Bank, situado em Nova York, que captaram valores cuja fonte foram investidores brasileiros.

O caso Banestado provocou operações distintas da PF, uma delas a Farol da Colina, que identificou a ação de 63 doleiros. Uma das últimas instituições identificadas no episódio Banestado foi o Israel Bank. A instituição captava valores de evasão a partir do Brasil. 

A promotoria de Manhattan quebrou o sigilo das contas do Israel Bank para uma investigação de interesse dos EUA. Uma instituição que foi alvo da promotoria americana fez acordo para não ser acionada judicialmente e desembolsou US$ 5 milhões para o Tesouro dos EUA. As autoridades americanas investigaram o Israel Bank e recolheram documentação relativa a contas com depósitos de cidadãos brasileiros ou residentes no Brasil.

Esses arquivos foram compartilhados pelas autoridades brasileiras, que pediram autorização para usar os dados em investigações aqui instauradas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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