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PF apura desvio de R$ 32 mi em obra do Minha Casa em Roraima

A fiscalização e aprovação do financiamento pela Caixa Econômica Federal também é investigada pela PF

Minha Casa Minha Vida: estão sendo cumpridos 17 mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e oito de condução coercitiva (foto/Thinkstock)

Minha Casa Minha Vida: estão sendo cumpridos 17 mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e oito de condução coercitiva (foto/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 13h40.

Com o objetivo de investigar organização criminosa acusada de peculato, lavagem de dinheiro e desvios de verbas públicas, a Polícia Federal (PF) em Roraima, em conjunto com a Receita Federal, deflagrou a Operação Anel de Giges, na manhã de hoje (28).

Estão sendo cumpridos 17 mandados judiciais, sendo nove de busca e apreensão e oito de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para a delegacia a fim de prestar depoimento e, em seguida, liberada).

Segundo a PF, durante a investigação "foi identificado o desvio de 32 milhões de reais dos cofres públicos, tendo como origem o superfaturamento na aquisição da Fazenda Recreio, localizada em Boa Vista, e na construção do empreendimento Vila Jardim, do projeto Minha Casa Minha Vida no bairro Cidade Satélite, na capital de Roraima".

São investigadas ainda, de acordo com a PF, as transações decorrentes da venda da fazenda para a construção do empreendimento, bem como a fiscalização e aprovação do financiamento pela Caixa Econômica Federal.

Os mandados estão sendo cumpridos em endereços em Boa Vista, Belo Horizonte e Brasília. São apuradas suspeitas de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a Fazenda Recreio.

Anel de Giges, nome da operação, segundo a PF, é uma referência à citação em um dos livros da obra A República, de Platão, que aborda o tema justiça . "O Anel de Giges permite ao seu portador que fique invisível e cometa ilícitos sem consequências", de acordo com a PF.

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