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PF aponta novos pagamentos a dono de avião que Campos usou

A empresa de consultoria de João Carlos Lyra é listada dentre as companhias investigadas pela Lava Jato como suspeitas de movimentar dinheiro ilícito

Local de queda do avião de Campos: a empresa de consultoria de João Carlos Lyra é listada dentre as companhias investigadas pela Lava Jato como suspeitas de movimentar dinheiro ilícito (REUTERS/Paulo Whitaker)
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Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2016 às 20h05.

São Paulo - A Lava Jato identificou novos pagamentos suspeitos ao empresário pernambucano João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, dono da aeronave que se acidentou em 13 de agosto de 2014 causando a morte do então candidato à presidência Eduardo Campos (PSB).

Em laudo de 87 páginas sobre a movimentação financeira das empresas da holding UTC - uma das empreiteiras que foi pega na Lava Jato e cujo dono Ricardo Pessoa fez acordo de colaboração premiada - os peritos da Polícia Federal identificaram o nome do empresário pernambucano como um dos destinatários de recursos da empresa MRTR Gestão Empresarial, localizada na capital paulista e da qual 80% dos recursos que chegaram em sua conta entre 2012 e 2013 vieram da UTC.

No laudo a PF não aponta quanto Lyra teria recebido, mas identifica que as empresas do grupo UTC repassaram R$ 42,3 milhões para a MRTR no período.

A empresa de consultoria é listada dentre as companhias investigadas pela Lava Jato como suspeitas de movimentar dinheiro ilícito para as empreiteiras que mantinham contrato com a estatal e outros órgãos públicos.

Lyra está preso desde o dia 20 de junho, quando foi detido na Operação Turbulência - que investiga um grupo especializado em lavagem de dinheiro, em Pernambuco e Goiás, que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.

Na ocasião, a Polícia Federal em Pernambuco identificou uma rede de empresas, inclusive algumas já investigadas na Lava Jato, para a lavagem de dinheiro que foi usado para adquirir o avião de Campos e até para o suposto caixa 2 da campanha dele à reeleição para o governo de Pernambuco em 2010.

A MRTR, contudo, não apareceu nas investigações da Turbulência.

Defesa

A defesa de João Lyra nega que ele tenha praticado quaisquer irregularidades e declara que todos os esclarecimentos serão prestados nos autos do processo.

A reportagem entrou em contato com a empresa MRTR por telefone, mas foi informado que não havia ninguém lá para comentar os pagamentos da UTC e consequente repasse a João Lyra.

A UTC afirmou que "não comenta investigações em andamento."

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São Paulo - A Lava Jato identificou novos pagamentos suspeitos ao empresário pernambucano João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, dono da aeronave que se acidentou em 13 de agosto de 2014 causando a morte do então candidato à presidência Eduardo Campos (PSB).

Em laudo de 87 páginas sobre a movimentação financeira das empresas da holding UTC - uma das empreiteiras que foi pega na Lava Jato e cujo dono Ricardo Pessoa fez acordo de colaboração premiada - os peritos da Polícia Federal identificaram o nome do empresário pernambucano como um dos destinatários de recursos da empresa MRTR Gestão Empresarial, localizada na capital paulista e da qual 80% dos recursos que chegaram em sua conta entre 2012 e 2013 vieram da UTC.

No laudo a PF não aponta quanto Lyra teria recebido, mas identifica que as empresas do grupo UTC repassaram R$ 42,3 milhões para a MRTR no período.

A empresa de consultoria é listada dentre as companhias investigadas pela Lava Jato como suspeitas de movimentar dinheiro ilícito para as empreiteiras que mantinham contrato com a estatal e outros órgãos públicos.

Lyra está preso desde o dia 20 de junho, quando foi detido na Operação Turbulência - que investiga um grupo especializado em lavagem de dinheiro, em Pernambuco e Goiás, que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.

Na ocasião, a Polícia Federal em Pernambuco identificou uma rede de empresas, inclusive algumas já investigadas na Lava Jato, para a lavagem de dinheiro que foi usado para adquirir o avião de Campos e até para o suposto caixa 2 da campanha dele à reeleição para o governo de Pernambuco em 2010.

A MRTR, contudo, não apareceu nas investigações da Turbulência.

Defesa

A defesa de João Lyra nega que ele tenha praticado quaisquer irregularidades e declara que todos os esclarecimentos serão prestados nos autos do processo.

A reportagem entrou em contato com a empresa MRTR por telefone, mas foi informado que não havia ninguém lá para comentar os pagamentos da UTC e consequente repasse a João Lyra.

A UTC afirmou que "não comenta investigações em andamento."

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