Petrobras pode entregar estudos sólidos para exploração do Foz do Amazonas, diz Presidente do Ibama
Instituto rejeitou o pedido inicial de exploração apresentado pela Petrobras, citando barreiras logísticas e ambientais
Agência de notícias
Publicado em 12 de setembro de 2023 às 14h32.
O presidente do Ibama , Rodrigo Agostinho, afirmou nesta terça-feira que a Petrobras tem a capacidade de apresentar estudos “mais sólidos” para sustentar o pedido de licenciamento para atividade de perfuração em um bloco situado na chamada Margem Equatorial, que abrange a foz do Rio Amazonas. O objetivo é verificar a existência de petróleo neste ponto.
O Ibama rejeitou o pedido inicial de exploração apresentado pela Petrobras, citando barreiras logísticas e ambientais. O entendimento foi que a solicitação não continha garantias para atendimentos à fauna em possíveis acidentes com o derramamento de óleo. Também foi destacado, por exemplo, a previsão de impactos da atividade em três terras indígenas em Oiapoque (Amapá).
- Empréstimos em moeda chinesa aumentam 1,36 trilhão de yuans em agosto
- Cúpula do G20: Lula desembarca em Nova Délhi para participar da reunião
- Opep mantém previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,4 milhões de bpd
- Taxa de desemprego do Reino Unido sobe a 4,3% no trimestre até julho; salários avançam 7,8%
- Brasil não vai deixar de procurar petróleo na Margem Equatorial, diz Lula
- Em Porto Alegre, ventos de quase 80km/h cancelam voos e provocam filas no aeroporto
Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente
— O Ibama já emitiu duas licenças naquela região (na Foz). Agora (para o pedido), o Ibama vai querer estudos mais sólidos, e a gente acredita que a Petrobras tem condições de entregar estudos mais sólidos — diz.
— O Ibama vai emitir a licença quando entender que os estudos demonstram a viabilidade e isso vale para qualquer tipo de empreendimento — complementa durante audiência na Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado, que recebe também a ministra Marina Silva.
O principal risco, que vem sendo relatado, é que a região em que o poço seria perfurado está a 830 km de Belém. É a capital paraense que tem a estrutura de resguardo e apoio a um eventual acidente, diz o presidente do Ibama.
Em uma eventual exploração de petróleo na região, avalia ele, essa estrutura de apoio precisaria está situada em Oiapoque (Amapá), a 179 km da área de exploração.
— É importante deixar claro: o Ibama não faz política energética. Não é o Ibama que vai decidir quando o Brasil vai mudar de petróleo para hidrogênio (...) Foram uma série de inconsistências, do ponto de vista da fauna, comunicação social e outros estudos — disse.
Na sessão, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva , voltou a afirmar que a decisão do Ibama de indeferir o pedido da Petrobras foi baseada em critérios técnicos e será respeitada.