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Petróleo bate máxima de 10 meses com previsão de déficit da OPEP

Dados divulgados pela organização mostraram a escalada do aperto de oferta de petróleo – o maior em mais de uma década

Refinaria de petróleo de Dangote, em Lago: commodity avança nesta terça-feira (AFP/AFP)

Refinaria de petróleo de Dangote, em Lago: commodity avança nesta terça-feira (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 12 de setembro de 2023 às 14h40.

Última atualização em 12 de setembro de 2023 às 17h00.

O petróleo atingiu a cotação mais alta em 10 meses com a previsão da OPEP de um forte déficit de oferta.

O barril de Brent, petróleo de referência global, subiu até 1,9% para mais de US$ 92 nesta terça-feira em Londres, depois de atingir uma nova máxima para o ano na sessão anterior.

E os preços internacionais do diesel – o principal combustível da economia global – também sobem com os planos da Rússia de limitar as exportações este mês, o que puxou a cotação na Europa para mais US$ 1.000 a tonelada.

Dados divulgados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo mostraram a escala do aperto de oferta de petróleo, com um déficit de mais de 3 milhões de barris por dia previsto para o próximo trimestre – o maior em mais de uma década.

“A indústria petrolífera sente uma tendência de alta, com uma percepção de aperto — e um aperto real”, disse John Evans, analista da corretora PVM Oil.

Os futuros de petróleo já subiram cerca de 25% desde o final de junho, diante de restrições de produção voluntárias da Arábia Saudita e Rússia, além das cotas reduzidas acordadas no âmbito da OPEP e seus aliados.

No entanto, bancos como JPMorgan e RBC Capital dizem que seus cenários principais não preveem que os preços atingirão US$ 100 o barril.

“O impulso ascendente está esgotado por enquanto”, disse Vandana Hari, fundadora da Vanda Insights, em Singapura. “Podemos ter uma estagnação perto de US$ 90 para o Brent.”

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