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Petrobras instaurou comissões sobre denúncias de funcionária

A divulgação de que funcionários já haviam avisado Graça Foster e José Cosenza de suposta corrupção na Petrobras abala a credibilidade dos dois executivos

Petrobras: primeiras mensagens foram enviadas antes mesmo da Operação Lava Jato ser deflagrada (Sergio Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2014 às 19h24.

Rio - A Petrobras informou nesta sexta-feira, 12, que instaurou comissões internas para investigar indícios de irregularidades em denúncias feitas pela funcionária Venina Velosa da Fonseca em 2008 e 2009.

Em nota, a estatal enumera as medidas tomadas após as denúncias feitas à diretoria da estatal, mas, não nega que a presidente Graça Foster e o diretor de abastecimento, José Carlos Cosenza, foram informados pela funcionária do esquema de corrupção na empresa.

"Fica demonstrado que a companhia apurou todas as informações enviadas pela empregada citada na matéria", diz o comunicado.

Documentos revelados hoje pelo Jornal Valor Econômico mostram que Venina enviou e-mail à Graça Foster e a Cosenza, revelando a existência de um esquema de corrupção nas diretorias de Abastecimento e de Serviços, ocupadas na época por Paulo Roberto Costa e Renato Duque, respectivamente.

Investigado pela Operação Lava Jato, Costa fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

A divulgação de que funcionários já haviam avisado Graça e Cosenza de suposta corrupção na Petrobras abala a credibilidade dos dois executivos, que, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso, disseram desconhecer a existência de irregularidades na empresa.

As primeiras mensagens foram enviadas antes mesmo da Operação Lava Jato ser deflagrada em março deste ano.

Já em 2014, ela teria denunciado desvios de recursos na venda de combustíveis pela petroleira no exterior, no período em que esteve à frente do escritório da empresa em Cingapura.

Venina perdeu o cargo de chefia no mês passado, junto a um grupo de funcionários acusados de não seguir os padrões da empresa de contratações, o que dificultaria o controle de irregularidades.

Segundo fontes, a funcionária ainda está em Cingapura e deve retornar ao Brasil na próxima semana.

Em nota, a Petrobras diz que, como consequência de comissão interna, foi decidida a demissão por justa causa do gerente de Comunicação do Abastecimento, Geovanne de Morais, acusado por Venina de pagar a fornecedores por serviços não realizados.

A decisão saiu no dia 3 de abril de 2009, mas a demissão só aconteceu de fato em 2013.

Ao ser informado da decisão, ele entrou em licença médica e teve o contrato de trabalho suspenso por quatro anos.

Venina teria denunciado à Graça também que, em Cingapura, compradores de combustíveis para navios pagaram por volumes menores do que de fato retiravam nos pontos de abastecimento da Petrobrás no exterior.

A petroleira, em comunicado, respondeu que "aprimorou os procedimentos de compra e venda com a implementação de controles e registros adicionais.

Com base no relatório final, a companhia adotou as providências administrativas e negociais cabíveis". Mas, após investigações internas, nenhuma irregularidade foi encontrada, segundo a empresa.

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Rio - A Petrobras informou nesta sexta-feira, 12, que instaurou comissões internas para investigar indícios de irregularidades em denúncias feitas pela funcionária Venina Velosa da Fonseca em 2008 e 2009.

Em nota, a estatal enumera as medidas tomadas após as denúncias feitas à diretoria da estatal, mas, não nega que a presidente Graça Foster e o diretor de abastecimento, José Carlos Cosenza, foram informados pela funcionária do esquema de corrupção na empresa.

"Fica demonstrado que a companhia apurou todas as informações enviadas pela empregada citada na matéria", diz o comunicado.

Documentos revelados hoje pelo Jornal Valor Econômico mostram que Venina enviou e-mail à Graça Foster e a Cosenza, revelando a existência de um esquema de corrupção nas diretorias de Abastecimento e de Serviços, ocupadas na época por Paulo Roberto Costa e Renato Duque, respectivamente.

Investigado pela Operação Lava Jato, Costa fechou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

A divulgação de que funcionários já haviam avisado Graça e Cosenza de suposta corrupção na Petrobras abala a credibilidade dos dois executivos, que, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso, disseram desconhecer a existência de irregularidades na empresa.

As primeiras mensagens foram enviadas antes mesmo da Operação Lava Jato ser deflagrada em março deste ano.

Já em 2014, ela teria denunciado desvios de recursos na venda de combustíveis pela petroleira no exterior, no período em que esteve à frente do escritório da empresa em Cingapura.

Venina perdeu o cargo de chefia no mês passado, junto a um grupo de funcionários acusados de não seguir os padrões da empresa de contratações, o que dificultaria o controle de irregularidades.

Segundo fontes, a funcionária ainda está em Cingapura e deve retornar ao Brasil na próxima semana.

Em nota, a Petrobras diz que, como consequência de comissão interna, foi decidida a demissão por justa causa do gerente de Comunicação do Abastecimento, Geovanne de Morais, acusado por Venina de pagar a fornecedores por serviços não realizados.

A decisão saiu no dia 3 de abril de 2009, mas a demissão só aconteceu de fato em 2013.

Ao ser informado da decisão, ele entrou em licença médica e teve o contrato de trabalho suspenso por quatro anos.

Venina teria denunciado à Graça também que, em Cingapura, compradores de combustíveis para navios pagaram por volumes menores do que de fato retiravam nos pontos de abastecimento da Petrobrás no exterior.

A petroleira, em comunicado, respondeu que "aprimorou os procedimentos de compra e venda com a implementação de controles e registros adicionais.

Com base no relatório final, a companhia adotou as providências administrativas e negociais cabíveis". Mas, após investigações internas, nenhuma irregularidade foi encontrada, segundo a empresa.

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