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Petrobras fica no centro de debate entre presidenciáveis

Escândalo da Petrobras foi o tema mais citado no debate entre os presidenciáveis feito pela Record na noite deste domingo

Dilma Rousseff (PT) durante debate na TV Record (Reuters)

Dilma Rousseff (PT) durante debate na TV Record (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 00h36.

São Paulo - O etanol e a Petrobras foram temas de confronto entre os principais candidatos a presidente na segunda rodada do primeiro bloco do debate desta noite da Rede Record. A candidata Marina Silva (PSB) afirmou, em sua pergunta à presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, que a política do governo para o setor de combustível causou a perda de 60 mil empregos no País. Marina afirmou que cerca de 70 usinas foram fechadas no País, além de 40 estarem em recuperação judicial.

Dilma evitou falar sobre o assunto, preferindo abordar temas como saúde, Forças Armadas e energia elétrica. Dilma disse que falaria primeiro sobre essas questões porque teve os direitos de resposta negados pela produção do programa. "O Brasil tem o maior programa de remédios gratuitos de todo o mundo", declarou, para abordar depois a questão da Defesa. "Reequipamos e modernizamos as Forças Armadas, que tem não só equipamentos, mas plano estratégico de internalização de tecnologia de defesa", disse. A presidente disse ainda que é "extremamente difícil" uma solução para a questão da energia elétrica baseada só em outras fontes com eólica e biomassa.

Na réplica, Marina afirmou que Dilma não respondeu o mais importante. "A política de etanol no seu governo é um fracasso", disse a candidata do PSB para Dilma. A presidente respondeu, na tréplica, que a política do etanol foi baseada no que Maria teria sido contra: subsídio, desoneração de PIS e Cofins e aumento da mistura de etanol na gasolina de 25% para 27,5%.

No embate com o candidato Aécio Neves (PSDB), Dilma perguntou ao tucano quais as privatizações "estão no radar" dele e se a Petrobras está nessa lista. Aécio respondeu que não privatizará a estatal, se eleito, e que irá reestatizá-la "de um grupo de poder". O candidato do PSDB a presidente afirmou que vai "tirar a Petrobras desse grupo político que tomou a empresa e vem fazendo negócios há 12 anos". De acordo com Aécio, falta indignação à presidente com os supostos casos de corrupção na estatal. Ele afirmou ainda que Dilma será a primeira presidente pós-democratização que entregará a inflação maior do que recebeu.

Aécio afirmou também que vai elevar a taxa de investimento a 23% ou 24% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na sua vez de falar, Dilma disse que combateu a corrupção para fortalecer a Petrobrás e há quem use o assunto para enfraquecer a empresa. "Aliás, o sr. vendeu uma parte das ações (da Petrobras) a preço de banana e tentou tirar o 'bras' do nome para 'brax'", disse a presidente, em referência ao governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso. "Eu não vendi nada, candidata", respondeu Aécio.

Dilma respondeu também que quem demitiu o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal, foi ela. "A PF do meu governo investigou malfeitos", disse.

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