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Pesquisa presidente: Lula tem 52% dos votos válidos, e Bolsonaro, 48%, diz IDEIA

Para a pesquisa IDEIA, foram realizadas entrevistas  com 1.500 eleitores, por telefone, entre os dias 14 e 19 de outubro

Lula e Bolsonaro: o petista lidera as intenções de voto. (Lula: Ricardo Stuckert - Bolsonaro: Alan Santos/PR/Divulgação)

Lula e Bolsonaro: o petista lidera as intenções de voto. (Lula: Ricardo Stuckert - Bolsonaro: Alan Santos/PR/Divulgação)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 20 de outubro de 2022 às 00h01.

A dez dias do segundo turno das eleições 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 52% dos votos válidos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), 48%, segundo a pesquisa do Instituto IDEIA, divulgada nesta quinta-feira, 20. Para os votos válidos, são desconsiderados brancos, nulos e as pessoas que dizem que não sabem. É desta forma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz a contagem oficial da eleição. 

Como a margem de erro da sondagem é de três pontos percentuais para mais ou para menos, o cenário é considerado um empate técnico. O petista tem entre 49% e 55% dos votos válidos, já Bolsonaro oscila entre 45% e 51%.

Para a pesquisa IDEIA, foram realizadas entrevistas  com 1.500 eleitores, por telefone, entre os dias 14 e 19 de outubro, e registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob número BR-00053/2022. O nível de confiança é de 95%. Veja o relatório completo.

Em uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados em formato de lista aos entrevistados, Lula aparece com 50%, e Bolsonaro tem 46%. As pessoas que não sabem são 2%, brancos e nulos somam outros 2%. Na pergunta espontânea, quando o eleitor precisa dizer o primeiro nome que tem em mente, o petista tem os mesmos 50%, e o atual presidente, 44%.

Levando em conta o histórico de simulação de segundo turno entre Lula e Bolsonaro, é uma das distâncias mais estreitas entre os dois. Não há como comparar com exatidão as simulações feitas antes do primeiro turno porque os testes são feitos em circunstâncias distintas -- como a possibilidade de outros candidatos passarem para um segundo turno -- mas ajuda a montar um panorama de como o eleitor pensou ao longo do tempo. O que fica claro é a diminuição dos indecisos, que chegaram em 2% nesta pesquisa.

(Arte/Exame)

Região

No maior colégio eleitoral do país, o Sudeste, Bolsonaro tem vantagem sobre Lula (53% a 45%). O candidato à reeleição lidera em outras três regiões: Norte (47% a 46%), Sul (53% a 43%) e Centro-Oeste (52% a 37%). Lula está à frente em uma região, o Nordeste, com 67% a 28% das intenções de voto.

No primeiro turno, Bolsonaro saiu vitorioso nessas mesmas regiões em que ele lidera no segundo turno, assim como o petista. As últimas agendas de campanha dos dois mostra uma concentração deles em estados do Sudeste, em especial Minas Gerais, e no Nordeste, principais campos de batalha nesse segundo turno.

Bolsonaro lidera

  • entre os mais ricos, das classes A e B (53% a 44%);
  • entre evangélicos (68% a 27%);
  • entre quem tem mais de 60 anos (50% a 46%).

Lula lidera

  • entre católicos (61% a 36%);
  • entre quem ganha até um salário mínimo (54% a 41%);
  • entre as mulheres (54% a 42%).

Avaliação de governo

O Instituto IDEIA também perguntou aos eleitores brasileiros sobre a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro. Entre os entrevistados, 38% dizem que é ótimo ou bom, 43% avaliam como ruim ou péssimo, e 18% como regular.

Na série histórica, a avaliação positiva do presidente vem subindo desde fevereiro deste ano, quando chegou ao pior patamar, na casa dos 20%.

(Arte/Exame)

Quem ficou na frente no 1º turno?

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) disputarão o segundo turno da eleição presidencial. Com 100% das urnas apuradas, Lula ficou com 48,43% dos votos válidos, e Bolsonaro, 43,20%, na votação do primeiro turno, realizado no domingo, 2.

Veja os detalhes do resultado

Para vencer em primeiro turno, um candidato precisaria de 50% dos votos válidos mais um, excluindo brancos e nulos.

  • Simone Tebet (MDB) teve 4,16% dos votos válidos;
  • Ciro Gomes (PDT) teve 3,04%;
  • Votos nulos e brancos somam 4,20%.

LEIA TAMBÉM: Simone Tebet apoia Lula no segundo turno

Quando será o 2º turno das Eleições 2022?

Para os cargos de presidente e de governador, quando nenhum dos candidatos atinge 50% mais um dos votos válidos, a eleição vai para o segundo turno. Em 2022, a segunda etapa de votação é no dia 30 de outubro. Diferentemente de outros anos, para esta eleição, o fuso horário para a votação é um só em todo o país, o de Brasília, das 8h às 17h.

Quem não votou no 1º turno, pode votar no 2º?

O eleitor que não votou no primeiro turno das eleições de 2022 pode e deve votar no segundo turno. Segundo o TSE, cada turno é tratado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. Isso significa que uma pessoa que não votou no primeiro turno não é proibida de ir às urnas no segundo, desde que seu título eleitoral esteja regular.

Quais cargos serão votados no 2º turno das eleições 2022?

O segundo turno é somente para cargos de governador e presidente, caso nenhum candidato atinja 50% mais um dos votos válidos. Para estado sem segundo turno, há votação somente para presidente.

Nas eleições de 2022, doze estados vão ter a definição em uma segunda etapa: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Santa Catarina, e Rondônia.

Qual a ordem de votação?

  • Governador: dois dígitos
  • Presidente: dois dígitos

Não foi votar? Como justificar ausência do voto

Quem não pode justificar a ausência no dia do primeiro turno da eleição, tem o prazo de até 60 dias após cada turno para regularizar a situação eleitoral sem o pagamento da multa. Os canais para realizar o procedimento online são o e-Título e o Sistema Justifica. Nesse caso, além de preencher o requerimento, é necessário anexar documentos que comprovem o motivo alegado, pois a justificativa não é automática e poderá ser ou não concedida pelo juiz eleitoral.

O que explica a diferença entre pesquisa e resultado das eleições?

Indecisos e migração de eleitores. Essas duas variáveis são as hipóteses apontadas por institutos de pesquisas eleitorais para explicar a diferença entre o que as sondagens indicavam e o resultado das urnas no primeiro turno das eleições 2022.

Há um ainda um terceiro elemento, menos determinante, mas também com algum grau de impacto: a falta de um Censo atualizado. A metodologia das pesquisas eleitorais leva em conta os dados oficiais para retratar, proporcionalmente, a cara do Brasil.

O último Censo demográfico foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Em 2020 havia a previsão de uma nova rodada de entrevistas para entender o perfil dos brasileiros, mas a realização da pesquisa foi suspensa por conta da pandemia de covid-19. Em 2021, cortes orçamentários suspenderam a realização, mas o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo a fazer o Censo, cuja coleta começou neste ano.

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