Pesquisa governo do RJ: Castro tem 24%, e Freixo aparece com 23% das intenções de voto
Pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA entrevistou 1.000 pessoas do estado do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 15 de junho
Gilson Garrett Jr
Publicado em 16 de junho de 2022 às 00h01.
A disputa pelo governo do Rio de Janeiro mostra um cenário acirrado, com empate entre dois pré-candidatos. De acordo com a pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada nesta quinta-feira, 16, o governador Cláudio Castro (PL) tem 24% das intenções de voto, e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB) tem 23%.
Os números são de uma pergunta estimulada em que os nomes são apresentados aos entrevistados. Considerando a margem de erro da sondagem, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos, há um empate técnico entre Castro e Freixo.
Atrás dos dois vem o ex-prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), com 10%, e Rodrigo Neves (PDT), com 8%. A dupla também está dentro da margem de erro da pesquisa e, portanto, é considerada empatada. Entre os entrevistados, 8% dizem que votariam branco ou nulo, e 17% não sabem (veja todos os números abaixo).
Para a pesquisa, foram ouvidas 1.000 pessoas do estado do Rio de Janeiro entre os dias 10 e 15 de junho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número RJ-02458/2022. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Veja o relatório completo.
CilaSchulman, vice-presidente do instituto de pesquisa IDEIA, reforça que o governador Cláudio Castro ainda tem espaço para crescer da mente do eleitorado. Ele assumiu o Palácio Guanabara definitivamente em maio de 2021 após o processo de impeachment do ex-governador Wilson Witzel.
“Castro tem bastante espaço de crescimento em função da aprovação de seu próprio governo e entre quem considera a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) boa ou ótima. Como incumbente, também tem margem para mudar a opinião dos 37% de eleitores que consideram o seu governo como regular para avaliação positiva ao longo da campanha”, afirma.
EXAME/IDEIA testou ainda um cenário estimulado sem o ex-prefeito Crivella. Apesar dele dizer que será candidato ao governo do estado, seu partido ainda tem resistências e prefere que ele saia a deputado federal, para puxar votos. Em um contexto em que ele desista de concorrer ao Executivo estadual, Castro e Freixo ampliam vantagem em relação aos demais concorrentes. O atual governador tem 29% das intenções de voto, e o deputado federal, 25%.
Em uma pergunta espontânea, em que o eleitor precisa dizer o primeiro nome que lembra, Castro tem 18%, e Freixo aparece com 13%. Os que não sabem nesta pergunta somam 46%.
Na avaliação de taxa de rejeição, quando a pergunta é feita sobre qual nome o eleitor não votaria de jeito nenhum, Freixo aparece com 34%, seguido de Cyro Garcia (PSTU) e Crivella, ambos com 29%. Castro tem rejeição de 27% do eleitorado.
VEJA TAMBÉM: EXAME/IDEIA: aprovação do governo vai de 26% para 34% em um ano
A vice-presidente do IDEIA observa que a disputa nacional está contida no Rio de Janeiro.“A eleição pelo governo do Rio se mostra bastante disputada e nacionalizada, com o atual governador Claudio Castro refletindo os votos dos apoiadores do presidente Bolsonaro, e com Marcelo Freixo e Rodrigo Neves levando a preferência dos eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)”, diz Cila.
Segundo turno: Castro tem vantagem
Em uma simulação de segundo turno, Castro venceria todas as disputas, sendo a mais apertada contra Marcelo Freixo (38% a 32%). O cenário é considerado empate por estar dentro da margem de erro da pesquisa. A vitória com maior folga seria contra Felipe Santa Cruz (PSD), com uma distância de 25 pontos percentuais.
No Senado, Romário larga na frente
A pesquisa também simulou uma disputa ao cargo de senador da República pelo estado do Rio de Janeiro. Em uma pergunta estimulada, o senador Romário (PL) larga na frente, com 23% das intenções de voto. Marcelo Crivella tem 15%, seguido de Cabo Daciolo (PDT), com 12%, e Alessandro Molon (PSB), com 10%. Os três estão tecnicamente empatados.
Em uma pergunta espontânea, 5% dizem que vão reeleger Romário ao Senado, 2% votariam em Crivella. Os demais pré-candidatos pontuam 1% ou ficam abaixo disso. Os que dizem que ainda não sabem somam 60%.
Os números mostram que apesar de Romário ter vantagem, ainda está em aberta uma escolha na mente do eleitor do estado do Rio de Janeiro, segundo CilaSchulman.
“O eleitor aponta muito mais os nomes por recall do que como escolha mais definida. Na pesquisa estimulada, aparecem nomes bastante conhecidos de outras campanhas, como Romário, Crivella, Molon e Cabo Daciolo”, explica.
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