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Persiste confronto entre professores e policiais no Rio

Polícia voltou a dispersar professores e manifestantes que faziam pressão para que o Plano de Cargos e Salários não fosse votado

Prédio da Câmara Municipal é cercado por grades durante votação do plano de carreira dos profissionais da educação (Tânia Rêgo/ABr)

Prédio da Câmara Municipal é cercado por grades durante votação do plano de carreira dos profissionais da educação (Tânia Rêgo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 18h17.

Rio - A Polícia Militar do Rio voltou a dispersar com bombas de gás pimenta professores e manifestantes que faziam pressão para que o Plano de Cargos e Salários não fosse votado na tarde desta terça-feira, 01.

A confusão mais recente começou na rua Alcindo Guanabara, lateral ao Palácio Pedro Ernesto (sede da Câmara de Vereadores), junto a um portão que dá acesso ao pátio interno. Professores e um grupo de mascarados começaram a gritar contra os vereadores e a lançar objetos como garrafas plásticas e pedras. A PM lançou as bombas e forçou o recuo do grupo. Havia pelo menos mil profissionais de educação da rede municipal no local.

Os mascarados, integrantes do grupo Black Bloc, montaram uma barricada com pedaços de madeira no meio da praça e entraram em confronto com os policiais, atirando pedras e devolvendo as bombas de efeito moral arremessadas pelos PMs. A multidão em fuga tomou a Avenida Rio Branco, a principal do centro do Rio.

Em um primeiro momento, os professores começaram a voltar para a Cinelândia gritando, em coro, "Educação resiste". Com os Black Blocs na linha de frente e persistindo na hostilidade aos PMs, os manifestantes tentaram permanecer ao lado do Theatro Municipal, ainda próximo da Câmara, mas foram expulsos.

Os policiais se perfilaram em formação e, com escudos e cassetetes e empregando as bombas, forçaram o grupo a recuar cada vez mais no sentido da Avenida Presidente Vargas, distante da Cinelândia cerca de 1 km.

No caminho, os Black Blocs promoveram depredação. Removeram lixeiras, jogaram sacos de lixo sobre a avenida e quebraram vidraças de pelo menos duas agências bancárias - uma da Caixa Econômica Federal e outra do Itaú. Na do Itaú, havia funcionários que, assustados, apenas assistiram ao quebra-quebra. Outro prédio da Rio Branco também teve a fachada danificada.

Às 17h, uma das pistas da Avenida Presidente Vargas foi fechada pelos manifestantes, na esquina com a rua Uruguaiana. As bombas continuavam a explodir.

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