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Pelé depõe como testemunha de Nuzman

Também irá depor o ex-presidente Luiz Inácio Lula na Silva, como testemunha de Sérgio Cabral

Carlos Arthur Nuzman: presidente do Comitê Olímpico Brasileiro é réu na operação Unflair Play (Fabrice Coffrini/AFP)
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Agência Brasil

Publicado em 5 de junho de 2018 às 09h40.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 09h40.

O ex-presidente Lula e o ex-jogador Pelé deverão depor, hoje, no Rio de Janeiro, como testemunhas de defesa ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Eles foram chamados pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e pelo ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

Os processos contra Cabral e Nuzman fazem parte da operação Unflair Play, que apura um suposto esquema de corrupção para a compra de apoio na votação que definiu o Rio como sede dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016.

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O ex-presidente Lula vai depor por videoconferência ao juiz Marcelo Bretas, às 10h, já que permanece preso na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele será testemunha de defesa de Cabral. Já o depoimento de Pelé deve ser às 16h. Ele foi arrolado pela defesa de Nuzman.

Além dos dois, também são réus na ação o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur; o ex-diretor de Operações do Comitê Rio 2016, Leonardo Gryner; e os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack, que teriam recebido a propina para garantir votos africanos à candidatura do Brasil.

Nuzman é acusado por corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, e Cabral, de corrupção passiva. Gryner é acusado de corrupção passiva e organização criminosa. Arthur Nuzman, de corrupção ativa. E Papa e Lamine Diack, de corrupção passiva.

Ao aceitar a denúncia, em outubro do ano passado, Bretas escreveu: "No período compreendido entre agosto e setembro de 2009, Sérgio Cabral, Carlos Nuzman e Leonardo Gryner, de forma livre e consciente, solicitaram e aceitaram promessa de vantagem indevida de Arthur Soares, consistente no pagamento a Lamine Diack, por intermédio do seu filho, Papa Diack, no valor de, ao menos, US$ 2 milhões, com o intuito de garantir votos para o Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016".

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