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Pela reforma da Previdência, Temer vai ao Programa Silvio Santos

ÀS SETE - Presidente vai ao Programa Silvio Santos e ao Programa do Ratinho para esclarecer os pontos da proposta que altera as regras das aposentadorias

Michel Temer: presidente foi convidado a participar de programas no SBT pelo dono da emissora, Silvio Santos

Michel Temer: presidente foi convidado a participar de programas no SBT pelo dono da emissora, Silvio Santos

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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 06h12.

Última atualização em 18 de janeiro de 2018 às 07h21.

O presidente Michel Temer tem um desafio nesta quinta-feira: não só explicar, mas também passar algum otimismo em entrevistas que gravará para o SBT em que falará sobre a reforma da Previdência.

O peemedebista vai ao Programa Silvio Santos e ao Programa do Ratinho para esclarecer os pontos da proposta que altera as regras das aposentadorias a convite do chefe da emissora.

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“Eu não entendo o que vai ser votado”, disse Silvio, segundo a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo. “Quero que você vá lá e me explique. Se eu entender, o povo entende”.

O texto em questão, depois de desidratado pela barganha de deputados aliados, não é tão difícil de compreender.

A reforma deve, caso seja aprovada, fixar idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens tanto para funcionários públicos como da iniciativa privada.

O tempo mínimo de contribuição passa de 15 para 25 anos. O resto são gorduras que pouco interessarão ao propósito televisivo.

Temer baterá na tecla que o regime comum será uma “quebra dos privilégios” do funcionalismo público, que hoje recebe aposentadoria integral ao deixar o trabalho.

Passar confiança de que as mudanças serão feitas é outra história. Nesta quarta-feira, mais uma vez, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, admitiu que o governo não tem os votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência.

“Não temos o suficiente, teremos em 19 de fevereiro”, disse o ministro. Não é o que parece. Além de boa parte do mercado ter se convencido que a Previdência não sai sob a batuta de Temer, ontem o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que “se não conseguir voto em fevereiro, não vota mais”. “Depois, nós vamos ter outras agendas que precisam avançar”.

Seria bom o presidente aproveitar o ensejo para explicar também que agenda é essa a que Maia se refere. Ou até quando pretende tomar custos políticos em nome de uma proposta que não anda, caso da indicação de Cristiane Brasil (PTB-RJ) ao Ministério do Trabalho e se há plano B para compor as contas. Sem uma voz decidida, não há condição de esperar apoio dando aula em horário nobre.

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