Pela 1ª vez, todo o estado de SP pode abrir comércio, bares e restaurantes
O governo do estado atualizou a quarentena nesta sexta-feira, 11, e as regiões de Franca e Ribeirão Preto progrediram para a fase 3 amarela
Carolina Riveira
Publicado em 11 de setembro de 2020 às 13h51.
Última atualização em 11 de setembro de 2020 às 20h33.
O governo de São Paulo fez uma atualização extraordinária da quarentena nesta sexta-feira, 11, e pela primeira vez, desde o início da pandemia, todo o estado está na fase 3 amarela, considerada intermediária. As duas únicas regiões que estavam na fase 2 laranja, Franca e Ribeirão Preto, progrediram para uma etapa mais branda.
Com esta mudança, todo o estado pode abrir comércio, restaurantes, bares, academias e salões de beleza. O funcionamento dos estabelecimentos é permitido com horário reduzido de 8 horas e com 40% de capacidade. Regras sanitárias, como o uso de máscara e álcool em gel, devem ser respeitadas.
Por ter chegado nesta etapa da quarentena, o Centro de Contingência da covid-19 decidiu mudar a regra de atualizações. Antes quinzenais, elas passam a ser mensais, com a próxima reclassificação no dia 9 de outubro. Até lá, todo o estado fica na fase 3 amarela do Plano São Paulo, a diretriz para controle da pandemia, que tem uma escala de 1 a 5.
Apesar de as alterações serem mensais, o governador João Doria (PSDB) deixou claro que, se os números ficarem ruins em alguma região, haverá a mudança direto para a fase 1 vermelha, em que somente os serviços essenciais podem funcionar.
"Entramos em um novo momento do monitoramento da pandemia. Por recomendação do Centro de Contingência fizemos esta alteração para garantir estabilidade. Se houver piora significativa, manteremos a regra de rebaixamento imediato para a fase vermelha, em qualquer região. Não haverá retorno para a fase 2 laranja", disse Doria em entrevista coletiva nesta sexta-feira no Palácio dos Bandeirantes.
De acordo com o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, o que permitiu entrar nesta fase foi a diminuição no número de óbitos e da taxa de ocupação de leitos de UTI. O estado chegou a ter uma média móvel diária de mortes de 289, no começo de agosto, e agora ela está em 178, a mais baixa desde maio. Este número é calculado levando em conta os últimos sete dias.
A ocupação de leitos atingiu um dos menores índices nesta sexta-feira: 52,5% no estado e de 52,2% na Grande São Paulo. São Paulo tem um total de 882.809 casos confirmados e 32.338 mortes causadas pela covid-19.
"Apesar dos bons números, não podemos esquecer que ainda estamos em quarentena. As regras de segurança precisam ser feitas mesmo nos momentos de lazer", reforçou o secretário Jean Gorinchteyn.