Dilma: a presidente negou-se a criticar o maior partido da base, dizendo que "o PMDB só dá alegrias" (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de março de 2014 às 12h08.
No dia em que a bancada do PMDB deve se encontrar para aprovar uma moção de apoio ao líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), acirrando ainda mais a crise com o Planalto, caciques peemedebistas da Casa realizam nesta manhã uma reunião no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer.
Além de Temer, presidente licenciado do PMDB, estão no encontro o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e o deputado Eduardo Cunha, pivô da crise do governo com a bancada da Câmara.
Dilma
Em meio à maior crise de seu governo com a base aliada, a presidente Dilma Rousseff negou-se a criticar o PMDB, maior partido da base. "O PMDB só me dá alegrias", foi sua resposta ao ser indagada sobre os problemas com a sigla em uma rápida entrevista em Viña del Mar, onde está para participar da posse da presidente eleita do Chile, Michele Bachelet.
Dilma esquivou-se de comentar os recentes episódios da rebelião peemedebista na Câmara e os impactos que isso traria para o ano eleitoral.
"Daqui para frente, esse é um ano muito especial. Primeiro, nós temos a Copa, e eu tenho convicção que será uma Copa fantástica. Segundo, porque nós temos essa preparação para os Jogos Olímpicos", afirmou, depois de se encontrar com um grupo de atletas brasileiros que participa dos Jogos Sul-Americanos no Chile.
Ontem, a presidente passou a manhã em duas reuniões com os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Senado, Renan Calheiros, além do vice-presidente da República, Michel Temer, todos do PMDB.
O governo ofereceu um pacote de apoios eleitorais do PT ao partido em seis Estados. A crise na Câmara, no entanto, ainda não está debelada. Dilma quer que Temer conduza a solução do problema.