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Pedido de CPI da Petrobras poderá virar comissão mista

O pedido de criação de nova CPI da estatal, protocolado na Câmara dos Deputados, pode se transformar em requerimento para CPMI, com participação de senadores


	Plataforma da Petrobras: no ano passado, foram instaladas uma CPI da Petrobras só do Senado e outra mista
 (Divulgação/Petrobras)

Plataforma da Petrobras: no ano passado, foram instaladas uma CPI da Petrobras só do Senado e outra mista (Divulgação/Petrobras)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 17h36.

O pedido de criação de uma nova Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, protocolado ontem (3) na Câmara dos Deputados, poderá se transformar em um requerimento de criação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI), com a participação de senadores.

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse hoje (4) que já está trabalhando entre os senadores na coleta das 27 assinaturas necessárias. “A CPI será mista, será dada continuidade àquela que foi iniciada na legislatura anterior”, explicou. Caiado informou ainda que está procurando os líderes partidários para tratar do assunto.

O líder ressaltou que a criação de uma nova CPMI da Petrobras é necessária em função da divulgação, na imprensa, de um levantamento feito por consultorias independentes sobre a Petrobras acumular um prejuízo de R$ 88 bilhões com os casos de corrupção.

“No período desse interstício entre o final de uma legislatura e o início da outra tantos fatos vieram à tona. Nós não tínhamos uma noção do prejuízo que a Petrobras teve com corrupção e má gestão: R$ 88 bilhões. Então, se isso não for significativo, eu queria dizer a todos os brasileiros que é exatamente o orçamento que Brasil gasta para atender a saúde de toda a população brasileira durante um ano. É exatamente o que foi assaltado dos cofres da Petrobras”, disse.

Para o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), “não faz sentido” a criação de uma nova CPI para investigar a Petrobras e os membros de seu partido não devem assinar o requerimento. “Eu acho que não faz sentido porque nós tivemos recentemente duas CPIs da Petrobras e elas não trouxeram nenhum fato novo que já não estivesse sendo objeto de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público. O que cabe agora ao Congresso Nacional fazer é esperar a manifestação do Ministério Público quanto aos seus membros e avaliar cada caso para investigar a quebra ou não do decoro parlamentar”, ressaltou.

No ano passado, foram instaladas uma CPI da Petrobras só do Senado e outra mista. Ambas terminaram com o pedido de indiciamento de 52 pessoas e apontaram prejuízos da empresa nas refinarias de Abreu e Lima, em Pernambuco, e de Pasadena, nos Estados Unidos.

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