Brasil

PDT nega repasse da Odebrecht por apoio à chapa de Dilma em 2014

Presidente do partido, Carlos Lupi, argumentou que o PDT foi o primeiro grupo a declarar apoio à chapa de Dilma

Carlos Lupi: "o PDT irá agir no âmbito da Justiça e tomar as medidas necessárias para que o delator comprove o que afirmou" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Carlos Lupi: "o PDT irá agir no âmbito da Justiça e tomar as medidas necessárias para que o delator comprove o que afirmou" (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 3 de março de 2017 às 14h21.

Brasília - O presidente do PDT, Carlos Lupi, classificou como "calúnias" as denúncias de pagamento de caixa 2 à sigla para que apoiasse a então candidata Dilma Rousseff nas eleições presidenciais de 2014 e defendeu que cabe ao acusador o ônus da prova.

Em nota, Lupi argumenta que o PDT foi o primeiro partido a declarar apoio à chapa de Dilma, que tinha o agora presidente da República Michel Temer como vice.

A declaração foi divulgada em resposta à delação do ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, que depôs na quinta-feira no processo que pode levar à cassação da chapa Dilma-Temer.

Segundo disse à Reuters uma fonte que teve acesso ao depoimento, Reis relatou que a empreiteira teria repassado 4 milhões de reais em recursos de caixa 2 para "consolidar" o apoio do PDT à chapa nas eleições presidenciais de 2014.

No depoimento, o executivo afirmou que o pagamento foi feito em quatro parcelas de um milhão de reais cada, entre agosto e setembro de 2014.

"O PDT foi o primeiro partido político que declarou oficialmente apoio à chapa de Dilma Rousseff. Foi no dia 10 de junho de 2014, quando a então candidata Dilma Rousseff foi ao partido em ato público amplamente divulgado pela imprensa. Isso já comprova, diante das datas apresentadas pelo delator, que o anúncio aconteceu meses antes do suposto pagamento", diz Lupi, na nota.

"O PDT irá agir no âmbito da Justiça e tomar as medidas necessárias para que o delator comprove o que afirmou. Para nós está clara a tentativa de ganhar algum tipo de benefício contra seus crimes, inventando calúnias contra o PDT."

Acompanhe tudo sobre:CorrupçãoDilma RousseffGovernoNovonor (ex-Odebrecht)Partidos políticosPDT

Mais de Brasil

Pré-candidatos tentam evitar 'palavras-mágicas' para não serem punidos por campanha antecipada

Após prestigiar Boulos, Lula só deve participar de mais uma convenção de candidatos; saiba qual

No Brasil para o G20, secretária do Tesouro dos EUA discutirá economia e geopolítica

Lula recebe Tony Blair, ex-primeiro-ministro britânico, nesta segunda-feira, no Palácio do Planalto

Mais na Exame