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PDT fecha "não" ao impeachment e deve punir dissidentes

A decisão sobre o voto do PDT foi tomada, segundo o líder, por ampla maioria dos participantes da reunião realizada na noite de terça-feira, 12


	Dilma Rousseff: a decisão sobre o voto do PDT foi tomada, segundo o líder, por ampla maioria dos participantes da reunião realizada na noite de terça-feira, 12
 (Evaristo Sa / AFP)

Dilma Rousseff: a decisão sobre o voto do PDT foi tomada, segundo o líder, por ampla maioria dos participantes da reunião realizada na noite de terça-feira, 12 (Evaristo Sa / AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2016 às 12h48.

Brasília - No momento em que o governo perde apoio de partidos que considerava fundamentais para barrar o impeachment, como o PP, o PDT anunciou apoio integral à presidente Dilma Rousseff na votação marcada para o próximo domingo, 17.

O líder do partido, Weverton Rocha (MA), disse nesta quarta-feira que o partido fechou questão contra o impeachment, o que significa que deputados dissidentes deverão ser punidos pelo diretório nacional, que se reunirá em maio.

"Não vamos sair do barco como se fôssemos ratos", disse o líder. Rocha evitou comentar a decisão de partidos da base do governo de passar a apoiar o afastamento da presidente.

A decisão sobre o voto do PDT foi tomada, segundo o líder, por ampla maioria dos participantes da reunião realizada na noite de terça-feira, 12.

Estavam presentes 19 dos 20 deputados pedetistas, o presidente nacional do partido, ex-ministro Carlos Lupi, e o ministro das Comunicações, André Figueiredo.

"Existem opiniões diferentes no partido, cada um tem sua tese, mas a ampla maioria acatou a decisão e vamos fechar questão. Quem faz parte da agremiação partidária e não acompanha a decisão é submetido a sanção. A bancada do PDT não apoiará o golpe e estará ao lado da democracia e da Constituição", avisou o líder.

O único deputado ausente, segundo Rocha, foi Mário Heringer (MG). "Ele tem críticas (ao governo), mas sempre acompanhou o partido", disse Rocha.

Apesar do apoio, o líder criticou o governo e cobrou a abertura de amplo diálogo a partir de segunda-feira, 18. "O PDT tem muitas críticas ao governo principalmente na área econômica.

Depois que passar segunda-feira, precisamos desmontar esse muro construído na frente do Congresso Nacional. 

É preciso que as forças políticas sentem para dialogar, porque o que está atormentando a vida do trabalhador é a falta de expectativa de dias melhores. O fantasma do desemprego e da recessão é que tem deixado todos assustados", declarou.

O líder do PDT fez referência ao muro erguido em frente ao Congresso para separar os grupos de militantes a favor e contra o impeachment que farão manifestações no dia da votação.

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