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Pazuello explica ao Congresso apagão de dados da covid-19

Interino há um mês, ministro da Saúde segue sem estratégia de combate à doença

Pazuello será ouvido em comissão mista que acompanha as medidas do governo durante a pandemia (José Dias/PR/Flickr)

Pazuello será ouvido em comissão mista que acompanha as medidas do governo durante a pandemia (José Dias/PR/Flickr)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 23 de junho de 2020 às 06h40.

Poucos dias após o Brasil ultrapassar a marca de 1 milhão de casos e 50 mil mortos pela covid-19, o ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, fala novamente ao Congresso Nacional nesta terça-feira (23) a partir das 10 horas.

Ele será ouvido de forma remota pela comissão mista de acompanhamento das medidas do governo federal contra o coronavírus. O ministro confirmou presença como convidado, evitando assim ter que depor, já que na semana passada a comissão já havia aprovado dois requerimentos para sua convocação.

O tema será o mesmo da sua primeira participação, há duas semanas: as mudanças na divulgação de dados oficiais da pandemia que reduziram a transparência e sugerem uma tentativa de minimizar a sua gravidade, na linha do que tem feito o presidente Jair Bolsonaro.

Primeiro o Ministério passou a adiar os balanços diários, que costumavam sair por volta das 19h, para as 22h. Bolsonaro disse que “acabou a matéria no Jornal Nacional.” Depois os balanços passaram a omitir o número total de mortos acumulados, e em seguida restringiram as informações disponíveis no site.

As mudanças sem esclarecimento geraram forte reação da sociedade civil, autoridades, partidos políticos e organizações internacionais. Iniciativas paralelas de contagem foram estabelecidas pela imprensa e órgãos locais, e a divulgação federal foi restabelecida após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pazuello segue com título de ministro “interino” apesar de já estar no posto há 40 dias. No período, não deu nenhuma coletiva de imprensa. Não há nenhuma discussão sobre sua substituição de forma permanente. Enquanto isso, o Brasil se firma no posto de segundo maior epicentro da doença no mundo.

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