Patriota minimiza denúncia de espionagem dos EUA ao Brasil
Segundo a reportagem da revista Época, os EUA teriam usado meios digitais para espionar 8 integrantes do Conselho de Segurança da ONU, dentre os quais o Brasil
Da Redação
Publicado em 29 de julho de 2013 às 17h54.
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou hoje (29) as denúncias publicadas pela revista Época desta semana sobre espionagem dos Estados Unidos ao Brasil. Segundo a reportagem, os Estados Unidos teriam usado meios digitais para espionar oito integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), dentre os quais o Brasil.
De acordo com a revista, o episódio ocorreu em 2010, quando o então presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, quebrou um acordo verbal e anunciou que enriqueceria urânio em seu território.
Em entrevista à imprensa, Patriota disse que a orientação de um país no Conselho de Segurança da ONU "não chega a ser um segredo" e que é possível obter o posicionamento por meio de contatos, de interlocutores e até mesmo de jornalistas. "Essas suspeitas são recorrentes", disse o ministro.
"Eu recordaria que, quando houve a iniciativa da intervenção norte-americana e britânica no Iraque, em 2003, surgiram várias notícias falando de espionagem na missão do México e do Chile, que eram membros do Conselho de Segurança naquela época, e de outros países. Algo que exige grande cuidado", acrescentou o chanceler.
Patriota chamou a atenção para o contexto atual, em que as coisas "acontecem enquanto se conversa", e citou denúncias recentes de violação de informações pelos Estados Unidos.
Segundo ele, após reunião da Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, ficou decidido que o assunto será encaminhado ao sevretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "o que vai ser feito", e que a Argentina, como integrante de um assento não permanente do Conselho de Segurança, levasse o assunto ao colegiado, "o que deverá ocorrer". Ontem [28] mesmo, à margem na Missa de Envio [celebrada pelo papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro] conversei com o chanceler Timerman [ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman] sobre o assunto."
O assunto também foi tratado nesta manhã pela presidenta Dilma Rousseff, em reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty. De acordo com a assessoria, o grupo técnico interministerial do governo brasileiro, formado após denúncias de violação de informações pelos Estados Unidos, continua ainda sem data definida para a reunião com o governo norte-americano, em Washington, mas o encontro deve ser em breve.
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, minimizou hoje (29) as denúncias publicadas pela revista Época desta semana sobre espionagem dos Estados Unidos ao Brasil. Segundo a reportagem, os Estados Unidos teriam usado meios digitais para espionar oito integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), dentre os quais o Brasil.
De acordo com a revista, o episódio ocorreu em 2010, quando o então presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, quebrou um acordo verbal e anunciou que enriqueceria urânio em seu território.
Em entrevista à imprensa, Patriota disse que a orientação de um país no Conselho de Segurança da ONU "não chega a ser um segredo" e que é possível obter o posicionamento por meio de contatos, de interlocutores e até mesmo de jornalistas. "Essas suspeitas são recorrentes", disse o ministro.
"Eu recordaria que, quando houve a iniciativa da intervenção norte-americana e britânica no Iraque, em 2003, surgiram várias notícias falando de espionagem na missão do México e do Chile, que eram membros do Conselho de Segurança naquela época, e de outros países. Algo que exige grande cuidado", acrescentou o chanceler.
Patriota chamou a atenção para o contexto atual, em que as coisas "acontecem enquanto se conversa", e citou denúncias recentes de violação de informações pelos Estados Unidos.
Segundo ele, após reunião da Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, ficou decidido que o assunto será encaminhado ao sevretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, "o que vai ser feito", e que a Argentina, como integrante de um assento não permanente do Conselho de Segurança, levasse o assunto ao colegiado, "o que deverá ocorrer". Ontem [28] mesmo, à margem na Missa de Envio [celebrada pelo papa Francisco, na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro] conversei com o chanceler Timerman [ministro das Relações Exteriores da Argentina, Héctor Timerman] sobre o assunto."
O assunto também foi tratado nesta manhã pela presidenta Dilma Rousseff, em reunião com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informou a assessoria de imprensa do Itamaraty. De acordo com a assessoria, o grupo técnico interministerial do governo brasileiro, formado após denúncias de violação de informações pelos Estados Unidos, continua ainda sem data definida para a reunião com o governo norte-americano, em Washington, mas o encontro deve ser em breve.