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Passos: transporte de passageiro dependerá de empresa

"As linhas de bitola larga, que são mais modernas, dão essa possibilidade", disse o ministro dos Transportes


	Paulo Passos: "Se o governo comprar a capacidade para 20 pares de trem e depois o mercado utilizar essa capacidade, a conta fecha", disse o ministro
 (Antônio Cruz/ABr)

Paulo Passos: "Se o governo comprar a capacidade para 20 pares de trem e depois o mercado utilizar essa capacidade, a conta fecha", disse o ministro (Antônio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 15h21.

Brasília - O ministro dos Transportes, Paulo Passos, disse nesta quarta-feira que as novas ferrovias previstas no Programa de Investimentos em Logística, anunciado nesta quarta-feira, poderão servir ao transporte de passageiros. Isso vai depender, no entanto, da demanda e do interesse de empresas em oferecer o serviço.

"Com as novas ferrovias, muda completamente o quadro e podemos dizer que começa a ser viável pensar na estruturação de linhas, onde houver demanda, para o transporte ferroviário de passageiros", afirmou o ministro. "As linhas de bitola larga, que são mais modernas, dão essa possibilidade."

Passos afirmou que esses trens serão mais rápidos que os atuais, mas que não podem ser comparados ao trem bala, que é um projeto com linha específica e que terá outra tecnologia.

O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, informou também que os concessionários dos 10 mil quilômetros de ferrovias que serão concedidas pelo governo poderão realizar novas obras de ampliação da capacidade dessas linhas, caso a demanda seja maior que a contratada pelo governo. "Eles terão que aumentar a capacidade pelo mesmo preço acertado na concessão", completou.

Pelo modelo de PPP proposto hoje, os vencedores dos leilões irão construir, manter e operar as ferrovias, enquanto o governo comprará as capacidades de transporte de cada trecho para depois revendê-las aos usuários. Por outro lado, caso a demanda seja menor que a adquirida, o governo bancará a cota completa, afastando esse risco para o concessionário.

"Se o governo comprar a capacidade para 20 pares de trem e depois o mercado utilizar essa capacidade, a conta fecha. Se a demanda não alcançar esse total, o governo paga a diferença", reforçou Passos.

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