Brasil

Partidos não pretendem pedir adiamento de propaganda

Presidente do TSE negou pedido feito pelo PV, mas admitiu que poderia levar a questão para o plenário caso houvesse consenso entre as campanhas


	Velas e flores foram colocadas em local próximo ao do acidente que matou Eduardo Campos
 (Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

Velas e flores foram colocadas em local próximo ao do acidente que matou Eduardo Campos (Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2014 às 19h15.

Brasília - O adiamento do início da propaganda eleitoral gratuita em razão da morte do candidato Eduardo Campos não deve acontecer.

Nesta quinta-feira, 14, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Dias Toffoli, negou pedido feito pelo PV para postergar o começo do horário eleitoral.

O ministro admitiu, no entanto, que poderia levar a questão para o plenário do tribunal caso houvesse consenso entre as campanhas que disputam a eleição, mas ao menos cinco dos 11 partidos envolvidos no pleito descartam liderar um acordo neste sentido.

A propaganda eleitoral gratuita terá início na próxima terça-feira, 19, e vai até o dia 2 de outubro.

"Os prazos são fixados por lei e, portanto, são obrigatórios. O que poderia ser analisado pela Justiça eleitoral seria um consenso entre todas as candidaturas", afirmou Toffoli ontem.

O próprio PSB já anunciou que irá usar o primeiro programa eleitoral para realizar uma homenagem a Eduardo Campos, morto em um acidente de avião na última quarta-feira, 13.

A campanha da coligação Com a Força do Povo, que lançou a presidente Dilma Rousseff como candidata à reeleição pelo PT, continua trabalhando com a data do dia 19 para início da propaganda e pretende fazer uma homenagem a Campos na primeira inserção.

A assessoria da campanha justifica ainda que nenhum partido procurou o PT com a proposta de um acordo.

O assunto também não está em discussão na coligação do tucano Aécio Neves.

Segundo integrantes da coordenação, a ideia é manter a mesma programação nos programas de rádio e televisão, em que o foco será a apresentação de Aécio aos eleitores.

A grande preocupação da campanha do Aécio é tentar popularizar o seu nome pelo País. O adiamento, como proposto pelo PV, reduziria o número de inserções previstas para serem veiculadas até outubro.

A tendência é que Aécio no primeiro programa destine parte do tempo para uma homenagem a Campos.

Na prática, se os partidos deliberassem por postergar o início da campanha em razão da morte de Campos, poderiam simplesmente não entregar a mídia às emissoras de rádio e TV nos primeiros dias.

A campanha do Pastor Everaldo, candidato do PSC, diz seguir o posicionamento do PSB, que dedicará o programa do dia 19 à memória de Campos.

"Em homenagem ao Eduardo vamos seguir a posição do PSB", disse o pastor, que viaja amanhã para Recife (PE) e retoma a agenda de campanha na segunda-feira.

A candidata do PSOL à Presidência da República, Luciana Genro, criticou no Twitter a proposta do PV de adiar o início da propaganda eleitoral. Para ela, a proposta ajudaria a "despolitizar" as eleições.

"Só aceitaria adiamento do horário eleitoral se forem adiadas as eleições também", escreveu a candidata do PSOL. Ontem, contudo, o ministro Dias Toffoli rechaçou a possibilidade de alterar a data da votação.

De acordo com ele, não é possível fazer a mudança, pois a data é fixada pela Constituição.

Acompanhe tudo sobre:Eduardo CamposEleiçõesEleições 2014GovernadoresPartidos políticosPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPSB – Partido Socialista Brasileiro

Mais de Brasil

Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SP

Geração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolas

Após cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo

Bastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”