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Pariquera-Açu espera substituto de médico

Município deve até fim desta semana médico para substituir o cubano Ortelio Jaime Guerra, que abandonou o programa Mais Médicos e fugiu para os Estados Unidos

Médicos cubanos do Mais Médicos conhecem instalações: segundo diretor de Saúde, prefeitura fez pedido ao Ministério da Saúde e teve garantia de atendimento (Marcello Casal Jr./ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 15h31.

Sorocaba - O município de Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo, deve até o fim desta semana um médico para substituir o cubano Ortelio Jaime Guerra, que abandonou o programa Mais Médicos , do governo federal, e fugiu para os Estados Unidos.

De acordo com o diretor de Saúde Willian Rodrigo de Souza, a prefeitura fez o pedido ao Ministério da Saúde e teve a garantia de atendimento. "Fomos informados oficialmente de que o novo médico, também cubano, estará na cidade até o dia 15", disse.

Guerra fazia parte de um grupo de 34 médicos cubanos destinados a 22 cidades do Vale do Ribeira, a região mais pobre do Estado. Moradores do bairro Peri Peri, que ele atendia, estão sem atendimento médico desde o dia 26 de janeiro, quando o cubano deixou a cidade de 18.522 habitantes.

O bairro, um dos mais carentes, tem cerca de três mil moradores. De acordo com o diretor de Saúde, o município não dispõe de médico para substituir o cubano, por isso pediu a reposição. Outros dois profissionais cubanos destinados à cidade continuam atendendo em unidades da área urbana e da zona rural.

O sumiço do cubano surpreendeu os moradores e a própria prefeitura. Ele deixou a cidade de madrugada e as informações sobre a viagem são contraditórias. Embora os dois colegas que permanecem na cidade tenham dito que ele seguiu para São Paulo, algumas pessoas o viram tomando café num posto, na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), no sentido de Curitiba.

"Os colegas que dividiam a moradia com ele não sabiam do plano de fuga. Aparentemente ele estava satisfeito com o trabalho", disse o diretor, que considera o caso como encerrado. "Ele se foi, não deixou pendências e nem devemos nada a ele."

O servidor público Josué Alves disse que o médico, embora jovem, atendia sem pressa e agradava os pacientes. "Minha mãe, que mora no bairro Vila Nova, ia até a Unidade Básica de Saúde do Peri Peri para ser consultada por ele."

Funcionária da saúde, Érika Sumoyama disse que o cubano era uma pessoa educada e muito profissional. "Quem era atendido por ele só falava bem." Pelo Facebook, Guerra informou a ela que estava nos Estados Unidos e "estava bem", mas não disse por que deixou o Brasil.

Embora continue apostando no Mais Médicos, a prefeitura abriu concurso público para a contratação, por conta própria, de três médicos para o Programa Saúde da Família, o mesmo em que atuam os cubanos.

Seis candidatos se inscreveram a fazem a prova neste domingo, 16. De acordo com Souza, os cargos foram criados para suprir as lacunas no setor, já que a falta de médicos é recorrente na região. "Todas as cidades têm dificuldade para segurar esses profissionais e nem sempre a questão é salarial."

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Sorocaba - O município de Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira, sul do estado de São Paulo, deve até o fim desta semana um médico para substituir o cubano Ortelio Jaime Guerra, que abandonou o programa Mais Médicos , do governo federal, e fugiu para os Estados Unidos.

De acordo com o diretor de Saúde Willian Rodrigo de Souza, a prefeitura fez o pedido ao Ministério da Saúde e teve a garantia de atendimento. "Fomos informados oficialmente de que o novo médico, também cubano, estará na cidade até o dia 15", disse.

Guerra fazia parte de um grupo de 34 médicos cubanos destinados a 22 cidades do Vale do Ribeira, a região mais pobre do Estado. Moradores do bairro Peri Peri, que ele atendia, estão sem atendimento médico desde o dia 26 de janeiro, quando o cubano deixou a cidade de 18.522 habitantes.

O bairro, um dos mais carentes, tem cerca de três mil moradores. De acordo com o diretor de Saúde, o município não dispõe de médico para substituir o cubano, por isso pediu a reposição. Outros dois profissionais cubanos destinados à cidade continuam atendendo em unidades da área urbana e da zona rural.

O sumiço do cubano surpreendeu os moradores e a própria prefeitura. Ele deixou a cidade de madrugada e as informações sobre a viagem são contraditórias. Embora os dois colegas que permanecem na cidade tenham dito que ele seguiu para São Paulo, algumas pessoas o viram tomando café num posto, na rodovia Régis Bittencourt (BR-116), no sentido de Curitiba.

"Os colegas que dividiam a moradia com ele não sabiam do plano de fuga. Aparentemente ele estava satisfeito com o trabalho", disse o diretor, que considera o caso como encerrado. "Ele se foi, não deixou pendências e nem devemos nada a ele."

O servidor público Josué Alves disse que o médico, embora jovem, atendia sem pressa e agradava os pacientes. "Minha mãe, que mora no bairro Vila Nova, ia até a Unidade Básica de Saúde do Peri Peri para ser consultada por ele."

Funcionária da saúde, Érika Sumoyama disse que o cubano era uma pessoa educada e muito profissional. "Quem era atendido por ele só falava bem." Pelo Facebook, Guerra informou a ela que estava nos Estados Unidos e "estava bem", mas não disse por que deixou o Brasil.

Embora continue apostando no Mais Médicos, a prefeitura abriu concurso público para a contratação, por conta própria, de três médicos para o Programa Saúde da Família, o mesmo em que atuam os cubanos.

Seis candidatos se inscreveram a fazem a prova neste domingo, 16. De acordo com Souza, os cargos foram criados para suprir as lacunas no setor, já que a falta de médicos é recorrente na região. "Todas as cidades têm dificuldade para segurar esses profissionais e nem sempre a questão é salarial."

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