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Parentes e amigos de vítimas de violência fazem ato em SP

Participantes lembraram vítimas e criticaram falta de medidas para segurança da população

Violência urbana: protesto na zona oeste de São Paulo lembrou vítimas recentes (Stock.Xchange)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2013 às 16h50.

São Paulo – Com camisas brancas e cartazes, amigos e parentes das recentes vítimas da violência em São Paulo abraçaram na manhã de hoje (9) a Praça Comendador Manuel Mendes Pimenta, zona oeste paulistana. Foram lembrados os dentistas Alexandre Gaddy e Cinthya Magaly Moutinho. Eles morreram depois de queimados vivos em seus consultórios por assaltantes.

O ato também lembrou a morte de Eduardo Paiva, assassinado em assalto na última segunda-feira (3). Ontem, em novo caso de violência em São Paulo, um analista financeiro foi queimado por assaltantes porque só tinha R$ 100 no bolso e está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital da capital paulista.

Um dos organizadores do protesto, Décio Galiano Júnior, criticou a sensação de medo em São Paulo. “Eu saio para trabalhar de manhã e não sei se volto. A gente vai para um bar tomar um chope e não sabe se estará seguro dentro do restaurante jantando. É por isso que nós estamos aqui”, disse o representante comercial, que era amigo de infância de Gaddy. “Nós queremos ser escutados, que as pessoas vejam que o povo está se movimentando para conseguir alguma coisa que é obrigação dos políticos”, acrescentou.

Amiga de Cinthya, a jornalista Mônica Formigoni também criticou a falta de medidas para garantir a segurança da população. “Nossos políticos estão lá, andando de carro blindado, com segurança particular. Eles não usam a mesma segurança que eles oferecem à população. Nós, que pagamos impostos, ficamos a mercê de bandidos”, protestou.


Durante o ato, o administrador Roberto Sekya coletou assinaturas para um abaixo-assinado que pede o endurecimento do Código Penal. A iniciativa é do Movimento pelo Fim da Impunidade, que reúne parentes e amigos de vítimas de violência. “A Justiça não funciona no país, as leis são muito brandas, as penas são baixas e existe muito benefício de redução de pena”, disse.

O grupo defende o aumento da pena mínima, de seis para dez anos de reclusão, e também da pena máxima, de 30 para 50 anos de encarceramento. “Antes que você seja a próxima vítima, a sociedade precisa reagir”, conclamou.

A dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, teve o corpo queimado no dia 25 de abril, quando os criminosos que invadiram seu consultório descobriram que tinha apenas R$ 30 na contra bancária. No mês seguinte, no dia 27 de maio, em São José dos Campos, Alexandre Peçanha Gaddy¸ de 41 anos, foi queimado quando os criminosos que invadiram seu local de trabalho constataram que ele não tinha dinheiro.

Funcionário do Colégio Sion, Eduardo Paiva foi morto na última segunda-feira (3) por criminosos que queriam os R$ 3 mil que ele havia acabado de sacar em uma agência bancária em Higienópolis, bairro nobre da região central da capital paulista.

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São Paulo – Com camisas brancas e cartazes, amigos e parentes das recentes vítimas da violência em São Paulo abraçaram na manhã de hoje (9) a Praça Comendador Manuel Mendes Pimenta, zona oeste paulistana. Foram lembrados os dentistas Alexandre Gaddy e Cinthya Magaly Moutinho. Eles morreram depois de queimados vivos em seus consultórios por assaltantes.

O ato também lembrou a morte de Eduardo Paiva, assassinado em assalto na última segunda-feira (3). Ontem, em novo caso de violência em São Paulo, um analista financeiro foi queimado por assaltantes porque só tinha R$ 100 no bolso e está internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital da capital paulista.

Um dos organizadores do protesto, Décio Galiano Júnior, criticou a sensação de medo em São Paulo. “Eu saio para trabalhar de manhã e não sei se volto. A gente vai para um bar tomar um chope e não sabe se estará seguro dentro do restaurante jantando. É por isso que nós estamos aqui”, disse o representante comercial, que era amigo de infância de Gaddy. “Nós queremos ser escutados, que as pessoas vejam que o povo está se movimentando para conseguir alguma coisa que é obrigação dos políticos”, acrescentou.

Amiga de Cinthya, a jornalista Mônica Formigoni também criticou a falta de medidas para garantir a segurança da população. “Nossos políticos estão lá, andando de carro blindado, com segurança particular. Eles não usam a mesma segurança que eles oferecem à população. Nós, que pagamos impostos, ficamos a mercê de bandidos”, protestou.


Durante o ato, o administrador Roberto Sekya coletou assinaturas para um abaixo-assinado que pede o endurecimento do Código Penal. A iniciativa é do Movimento pelo Fim da Impunidade, que reúne parentes e amigos de vítimas de violência. “A Justiça não funciona no país, as leis são muito brandas, as penas são baixas e existe muito benefício de redução de pena”, disse.

O grupo defende o aumento da pena mínima, de seis para dez anos de reclusão, e também da pena máxima, de 30 para 50 anos de encarceramento. “Antes que você seja a próxima vítima, a sociedade precisa reagir”, conclamou.

A dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, de 47 anos, teve o corpo queimado no dia 25 de abril, quando os criminosos que invadiram seu consultório descobriram que tinha apenas R$ 30 na contra bancária. No mês seguinte, no dia 27 de maio, em São José dos Campos, Alexandre Peçanha Gaddy¸ de 41 anos, foi queimado quando os criminosos que invadiram seu local de trabalho constataram que ele não tinha dinheiro.

Funcionário do Colégio Sion, Eduardo Paiva foi morto na última segunda-feira (3) por criminosos que queriam os R$ 3 mil que ele havia acabado de sacar em uma agência bancária em Higienópolis, bairro nobre da região central da capital paulista.

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