Greve no metrô de SP: estações de quatro linhas não abriram no início da manhã de hoje (Nacho Doce/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de março de 2017 às 07h43.
Última atualização em 15 de março de 2017 às 08h04.
As principais capitais brasileiras amanheceram nesta quarta-feira, 15, com parte dos serviços públicos de transporte afetada por uma paralisação contra as reforma da Previdência.
Em São Paulo, o metrô não funciona e os ônibus só começam a circular às 8h. No Rio, os trens operam normalmente, mas os ônibus não saem às ruas. Há atos previstos em quase todas as capitais.
Os protestos são organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ligadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Manifestantes também bloqueiam rodovias e avenidas em protesto. A Rodovia Presidente Dutra tinha, às 7h, bloqueio da pista principal por manifestantes em Taubaté, na altura do quilômetro 117, no sentido São Paulo. Um grupo ocupava, por vota das 7h15, parte da Avenida das Nações Unidas, na zona sul da capital paulista.
Veja abaixo a situação do transporte público nas principais cidades do País:
As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha, 5-lilás e 15-prata não operam o dia todo. A linha 4-amarela, concedida à ViaQuatro, trabalha normalmente, assim como os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Grande parte dos ônibus está paralisada desde a meia-noite e somente volta a circular às 8h.
O rodízio municipal de veículos de passeio está suspenso. Faixas exclusivas de ônibus poderão ser utilizadas por táxis e fretados com ou sem passageiros durante todo o dia. Os motoristas não precisarão pagar as taxas da zona azul até o final do dia.
O metrô da capital fluminense opera normalmente. Já os ônibus, segundo o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus do Rio de Janeiro, não circulam o dia todo.
Na capital mineira, o metrô também não irá funcionar, descumprindo ordem judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que estabelecia uma escala mínima de 80% nos horários de pico. Os ônibus circulam normalmente, mas o sindicato da categoria vai fazer um ato às 10h na região central de BH.
O metrô e os ônibus funcionam normalmente. Os sindicatos das categorias convocaram para uma manifestação pela manhã, em frente à Catedral Metropolitana, na Esplanada dos Ministérios.
Os trabalhadores de transportes rodoviários da capital paranaense também aderiram ao ato nacional. Após a paralisação desta quarta-feira, eles prometem seguir em greve geral pela campanha salarial deste ano. Há um ato previsto para ocorrer a partir das 10h em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, juntamente com centrais sindicais de funcionários públicos.
Em Porto Alegre, não há previsão de paralisações no sistema de transporte público. O Sindicato dos Rodoviários não aderiu ao movimento, mas admite que motoristas e cobradores podem realizar protestos isolados. Os metroviários apenas distribuem panfletos para informar os passageiros sobre as reivindicações trabalhistas.
Servidores municipais organizam protestos que podem bloquear quatro pontos da capital gaúcha durante a manhã. Já os agentes da segurança pública se concentram em frente à sede do governo estadual. Um ato unificado contra as reformas previdenciária e trabalhista está previsto para as 17h, no Centro Histórico, conforme a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Rio Grande do Sul.
Os professores estaduais devem suspender aulas em grande parte das escolas públicas em todo o Estado, segundo orientação do sindicato da categoria.
Os metroviários da capital pernambucana cruzam os braços o dia todo.
Fonte: Estadão Conteúdo