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Para Santander, desafio de Dilma é manter estabilidade

Presidente do banco espanhol defende que Brasil pode se tornar uma das cinco maiores economias do mundo em dez anos

Agência do Santander em São Paulo: Brasil corresponde a 25% do lucro do banco (João Raposo/VOCÊ S/A)
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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 13h34.

A presidente eleita, Dilma Rousseff, tem como principal desafio manter a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável da economia e da sociedade brasileira, afirmou hoje o presidente mundial do banco espanhol Santander, Emílio Botín.

Para ele, é fundamental que a nova equipe de governo mantenha a estabilidade das regras e da economia, para o Brasil continuar atraindo investimentos estrangeiros.

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Só o Santander investiu US$ 27 bilhões no País nos últimos dez anos, destacou o executivo. "Estou convencido de que a estabilidade vai seguir."

Para Botín, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu colocar o Brasil em uma rota de "estabilidade e prosperidade" que levou o País a sentir pouco os efeitos da crise financeira global em 2008.

"O Brasil passou a ser um interlocutor respeitado e confiável nas principais jurisdições internacionais e está participando ativamente do desenho do novo marco regulatório do sistema financeiro internacional", disse o executivo nesta quinta-feira, em entrevista à imprensa em São Paulo.

Um dos fatores que mostram a confiança de investidores estrangeiros no futuro do Brasil, afirma Botín, foi o fato do fundo soberano do Catar comprar em outubro uma participação de 5% no Santander do Brasil, pagando US$ 2,719 bilhões com a compra de bônus conversíveis em ações. "Por conta do prestígio que têm o Brasil e o Santander, o negócio foi fechado em 15 dias depois de uma reunião em Londres."

Como o Brasil cresce mais que os países desenvolvidos, Botín avalia que o País tem chance de ser a quinta maior economia do planeta "em pouco mais de uma década", caso mantenha o ritmo atual de expansão da economia.

Botín veio a São Paulo para a unificação das marcas Real e Santander. O executivo também vai assistir ao GP da Fórmula 1, evento que o banco espanhol é um dos principais patrocinadores.

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