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Para presidente, CPI da Petrobras não acaba em “pizza”

O presidente da CPI disse que, na sua avaliação o trabalho da comissão não acabou em “pizza”

O presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta (PMDB-PB): “na minha avaliação a CPI não acaba em pizza, mas em muita investigação" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 21h28.

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras , Hugo Motta (PMDB-PB), disse hoje (19) que, na sua avaliação o trabalho da CPI não acabou em “pizza”.

A comissão não propôs o indiciamento de nenhum dos parlamentares citados nas investigações da Operação Lava Jato .

“Na minha avaliação a CPI não acaba em pizza, mas em muita investigação”, disse Motta, pouco antes do início da reunião da comissão para apresentação do relatório final, que deve ser votado na próxima quinta-feira (22).

Motta argumentou que faltaram à comissão mais instrumentos para fazer as investigações e disse que a CPI não estava em competição com o Ministério Público e com a Polícia Federal, mas que o colegiado conseguiu fazer análise do cenário político envolvendo as denúncias.

“A CPI, por ser muito mais cobrada do que os outros órgãos investigativos, é inversamente proporcional aos instrumentos que ela tem para avançar da maneira que o Ministério Público, a Justiça Federal e a Polícia Federal têm para fazer uma investigação”,

Ao começar a leitura do resumos do relatório final, o deputado Luiz Sérgio (PT-SP), disse que agregou ao seu relatório mais de 90% das sugestões das quatro subrelatorias.

O deputado justificou o não indiciamento com o argumento de que essa CPI é diferenciada das outras comissões parlamentares de inquérito.

“Nas outras CPIs, o relatório final serve, em grande parte, para subsidiar o Ministério Público nas acusações, nos indiciamentos que ele propõe, mas esta é uma comissão em que os envolvidos em grande parte já estão indiciados, presos e alguns até mesmo condenados”, disse.

No relatório, a CPI propõe o indiciamento daquelas pessoas já condenadas em primeira instância, indiciadas e denunciadas na Operação Lava Jato, além de trazer 30 recomendações para a Petrobras, Procuradoria-Geral da República, Justiça Federal, Polícia Federal, Ministérios de Minas e Energia entre outros, para evitar casos de corrupção. Segundo ele, houve uma opção da comissão por não avançar nas investigações dos parlamentares.

Com duas prorrogações, o prazo para o encerramento dos trabalhos da CPI termina na próxima sexta-feira (23). O encerramento dos trabalhos, sem que a comissão tenha ouvido os parlamentares citados no esquema de corrupção e pagamento de propina na Petrobras, é criticado por deputados integrantes do colegiado, especialmente do PSOL, que disseram que vão apresentar um voto em separado com sugestão de indiciamento dos envolvidos. O único a falar na comissão foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que compareceu espontaneamente.

Na opinião do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), a CPI cometeu um grave erro ao não chamar os deputados para prestarem depoimento, até para que pudessem apresentar sua versão dos fatos. “Nenhum foi convocado e o único que foi, o deputado Eduardo Cunha, não foi sob juramento e não falou a verdade na CPI. Mentiu, disse que não tinha contas no exterior e não quis quebrar o seu sigilo”.

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras , Hugo Motta (PMDB-PB), disse hoje (19) que, na sua avaliação o trabalho da CPI não acabou em “pizza”.

A comissão não propôs o indiciamento de nenhum dos parlamentares citados nas investigações da Operação Lava Jato .

“Na minha avaliação a CPI não acaba em pizza, mas em muita investigação”, disse Motta, pouco antes do início da reunião da comissão para apresentação do relatório final, que deve ser votado na próxima quinta-feira (22).

Motta argumentou que faltaram à comissão mais instrumentos para fazer as investigações e disse que a CPI não estava em competição com o Ministério Público e com a Polícia Federal, mas que o colegiado conseguiu fazer análise do cenário político envolvendo as denúncias.

“A CPI, por ser muito mais cobrada do que os outros órgãos investigativos, é inversamente proporcional aos instrumentos que ela tem para avançar da maneira que o Ministério Público, a Justiça Federal e a Polícia Federal têm para fazer uma investigação”,

Ao começar a leitura do resumos do relatório final, o deputado Luiz Sérgio (PT-SP), disse que agregou ao seu relatório mais de 90% das sugestões das quatro subrelatorias.

O deputado justificou o não indiciamento com o argumento de que essa CPI é diferenciada das outras comissões parlamentares de inquérito.

“Nas outras CPIs, o relatório final serve, em grande parte, para subsidiar o Ministério Público nas acusações, nos indiciamentos que ele propõe, mas esta é uma comissão em que os envolvidos em grande parte já estão indiciados, presos e alguns até mesmo condenados”, disse.

No relatório, a CPI propõe o indiciamento daquelas pessoas já condenadas em primeira instância, indiciadas e denunciadas na Operação Lava Jato, além de trazer 30 recomendações para a Petrobras, Procuradoria-Geral da República, Justiça Federal, Polícia Federal, Ministérios de Minas e Energia entre outros, para evitar casos de corrupção. Segundo ele, houve uma opção da comissão por não avançar nas investigações dos parlamentares.

Com duas prorrogações, o prazo para o encerramento dos trabalhos da CPI termina na próxima sexta-feira (23). O encerramento dos trabalhos, sem que a comissão tenha ouvido os parlamentares citados no esquema de corrupção e pagamento de propina na Petrobras, é criticado por deputados integrantes do colegiado, especialmente do PSOL, que disseram que vão apresentar um voto em separado com sugestão de indiciamento dos envolvidos. O único a falar na comissão foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que compareceu espontaneamente.

Na opinião do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), a CPI cometeu um grave erro ao não chamar os deputados para prestarem depoimento, até para que pudessem apresentar sua versão dos fatos. “Nenhum foi convocado e o único que foi, o deputado Eduardo Cunha, não foi sob juramento e não falou a verdade na CPI. Mentiu, disse que não tinha contas no exterior e não quis quebrar o seu sigilo”.

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