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Para Marina, Dilma tem responsabilidade no esquema Petrobras

Denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa apontaram um esquema de pagamento de recursos da estatal a políticos

Marina Silva: “Não queremos nenhum tipo de conivência por conveniência política” (Nacho Doce/Reuters)

Marina Silva: “Não queremos nenhum tipo de conivência por conveniência política” (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 13h11.

São Paulo - A candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, afirmou nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff tem "responsabilidade política" no escândalo de corrupção da Petrobras.

“A presidente tem responsabilidade política. Eu não seria leviana de dizer que ela tem responsabilidade direta”, disse Marina a jornalistas durante visita a uma creche na capital paulista.

Denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, segundo reportagem da revista Veja, apontaram um esquema de pagamento de recursos da estatal a políticos. Para Marina, o governo federal foi “conivente” com a corrupção na estatal.

Entre os nomes que teriam sido citados por Costa no processo de delação premiada está o do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que morreu em um acidente aéreo em agosto quando fazia campanha como candidato à Presidência pelo PSB.

Questionado sobre o nome de Campos aparecer nas denúncias, Marina disse confiar no trabalho da Polícia Federal e pediu que todas as acusações sejam investigados.

“Conhecereis a verdade e ela nos libertará”, disse a ex-senadora citando um trecho da Bíblia, pedindo que o caso seja apurado “doa a quem doer”.

“Não queremos nenhum tipo de conivência por conveniência política”, afirmou Marina.

Indagada se acreditava nas declarações do ex-diretor da Petrobras, Marina lembrou que ele decidiu falar em um processo de delação premiada, ou seja, para reduzir uma eventual pena.

“O Ministério Público não ia premiar aquilo que não tem base na realidade”, afirmou.

A candidata do PSB garantiu que, num eventual governo seu, as indicações para a Petrobras serão “técnicas” e os nomes para ocupar cargos na estatal serão encontrados em “comitês de busca”.

Marina criticou ainda o que classificou como “quadrilha” atuando na Petrobras e disse que os recursos do pré-sal devem ser usados na educação, e não para a corrupção.

Marina tem sido alvo de críticas da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), que tem afirmado que, se eleita, a candidata do PSB reduzirá os investimento na exploração do petróleo na camada pré-sal.

A candidata visitou nesta segunda-feira uma creche administrada por uma entidade em convênio com a Prefeitura de São Paulo, administrada pelo PT. Ela disse tratar-se de uma “visita técnica” com o objetivo de conhecer experiências que deram certo com o intuito de transformá-las em políticas públicas e que não implicava em nenhuma vinculação política.

Marina lembrou a promessa feita por Dilma na eleição de 2010 de construir 6 mil creches e disse que apenas 400 foram construídas e outras 700 estão em andamento.

Ela reiterou seus compromisso de investir 10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em educação e com a educação “integral e em tempo integral”.

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